Por Zilda Gimenez e Ahmed Kalil
Disposto a fortalecer os laços de fraternidade política entre os vários partidos de esquerda e desenvolver ações práticas que criem condições para uma união das forças de esquerda com outras forças progressistas e até setores liberais mais ao centro com o objetivo de chegar ao Palácio Buriti em 2022, e garantir uma vitória contra Bolsonaro no DF um grupo de líderes e dirigentes políticos do Brasília, articulados pelo Secretário Nacional do PSB, advogado Acilino Ribeiro, propôs esta semana a construção de uma plataforma de lutas a ser desenvolvida pelos partidos de esquerda e demais forças progressistas da Capital Federal e assim criar condições para uma “unidade na luta e nas ruas objetivando fortalecer os laços da fraternidade revolucionária e de união das forças progressistas para consolidar uma vitória contra o fascismo”, afirmou Acilino Ribeiro dirigente Nacional e local do PSB.
Acilino Ribeiro, além de Secretário membro da Executiva Nacional do PSB é Coordenador Nacional do Movimento Popular Socialista, principal corrente política de massa do PSB e Primeiro Secretário da Executiva Regional do Partido Socialista Brasileiro no DF e um dos principais protagonistas das articulações entre os partidos de esquerda que estão acontecendo no Distrito Federal objetivando a construção de uma coligação que englobe mais de dez partidos e como defende o dirigente socialista, inclua também os movimentos sociais como as Frente Povo Sem Medo, Brasil Popular e Articulação do Povo da Rua, além de sindicato de trabalhadores, associações comunitárias, diretório acadêmicos, grêmios estudantis e demais organizações populares onde esteja ambientalistas, mulheres, LGBTQI + e movimento negro dentre vários outros, no mais amplo campo político articulado no DF.
Acilino defendeu, além disso, conversas com setores das igrejas católicas e evangélicas e disse que até o final do mês conclui reuniões com todos os partidos os quais espera ver compondo essa frente partidária e a cada um com quem está conversando está propondo para o mês de setembro uma reunião ampla com três membros de cada partido objetivando se iniciar mais formalmente estas articulações. Ele disse que “para a esquerda retomar o GDF é preciso criar o Frentão contra o Centrão, e que este, mesmo se apresentando dividido com duas ou três candidaturas no DF é forte e precisamos estarmos unidos para garantir vaga no segundo turno”. Ele disse que a esquerda deve ampliar o leque de alianças e na construção de um Programa Comum buscar o apoio de setores liberais ao centro para chegarmos a vitória, dizendo que na composição do governo a hegemonia será da esquerda devido a correlação de forças na coligação.
Acilino negou que o PSB esteja preparando seu nome como um eventual pré-candidato ao governo do Distrito Federal após a saída da senadora Leila Barros do partido, mas confirmou que existe um movimento dentro do PSB que defende candidatura própria e que foi sondado por companheiros para assumir essa tarefa, no entanto disse que não pensa em candidatura em 2022, mas unicamente na unidade das esquerda e que o candidato pode ser de qualquer dos partidos que comporão a mesma, seja do PSB, do PT, PSOL, PCdoB, PDT, e demais organizações partidária. Acilino confirmou inclusive que conversou recentemente, mas informalmente e convidou para um café político os dirigentes do PCB, do PCO, do PSTU e da UP, separadamente, onde de forma fraterna e apenas informal fizeram uma avaliação do quadro político do DF. Admitiu que esteve conversando com alguns dirigentes do PSOL analisando a situação do DF e que sempre dialoga com as mais variadas tendências do PT. Também disse que já esteve com dirigentes do PCdoB e que conjuntamente avalia que todos querem caminhar juntos e por isso está propondo um encontro que chamou de “café das esquerdas”. Não disse o dia, mas afirmou que já está confirmado com a maioria e que após conversar com todos considera dado o mais efetivo passo para essa união e a construção do Frentão contra o Centrão no DF.
Indagado se essa Frente já tinha algum nome em mente Acilino afirmou que não costuma passar os carros na frente dos bois e que, portanto, antes de pensar em nomes, quando ela se construir o primeiro passo será traçar suas estratégias, em segundo lugar buscar construir um Programa de Governo e em terceiro lugar uma nominata para as eleições legislativas e somente após isso, em quarto lugar o nome dos candidatos majoritários que serão um nome para governador ou governadora, um vice, um para senador ou senadora e dois suplentes. E que o PT tem vários nomes, o PSOL e o PCdoB diversos outros, o PSB e o PDT inúmeros outros assim como a REDE, PV, PCB, PCO, PSTU e UP e outros partidos podem contribuir cada um com outros nomes também.
Fonte: Mídia sem Fronteiras