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24/04/2024
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General Braga Netto diz que 1964 deve ser compreendido no “contexto histórico”

Braga Netto também afirma que “o País multiplicou suas capacidades e mudou de estatura” com a Lei da Anistia de 1979.

Segundo ministro, havia “ameaça real à democracia” depois de duas guerras mundiais e em meio à Guerra Fria

O General foi interventor na área de segurança pública no Rio de Janeiro

O Ministro da Defesa, Walter Braga Netto, divulgou uma nota alusiva ao golpe militar de 1964 dizendo que o evento precisa ser compreendido dentro do “contexto histórico” em que ocorreu.

Segundo o general, houve uma reconfiguração de forças no planeta após duas guerras mundiais e a derrota do nazi-fascismo e a Guerra Fria se refletia nas relações entre os países da América do Sul.

Braga Netto também afirma que “o País multiplicou suas capacidades e mudou de estatura” com a Lei da Anistia de 1979.

Confira a íntegra da nota do General Walter Braga Netto alusiva ao dia 31 de março de 1964:

Brasília, DF, 31 de março de 2021

Eventos ocorridos há 57 anos, assim como todo acontecimento histórico, só podem ser compreendidos a partir do contexto da época.

O século XX foi marcado por dois grandes conflitos bélicos mundiais e pela expansão de ideologias totalitárias, com importantes repercussões em todos os países.

Ao fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo, contando com a significativa participação do Brasil, havia derrotado o nazi-fascismo. O mapa geopolítico internacional foi reconfigurado e novos vetores de força disputavam espaço e influência.

A Guerra Fria envolveu a América Latina, trazendo ao Brasil um cenário de inseguranças com grave instabilidade política, social e econômica. Havia ameaça real à paz e à democracia.

Os brasileiros perceberam a emergência e se movimentaram nas ruas, com amplo apoio da imprensa, de lideranças políticas, das igrejas, do segmento empresarial, de diversos setores da sociedade organizada e das Forças Armadas, interrompendo a escalada conflitiva, resultando no chamado movimento de 31 de março de 1964.

As Forças Armadas acabaram assumindo a responsabilidade de pacificar o País, enfrentando os desgastes para reorganizá-lo e garantir as liberdades democráticas que hoje desfrutamos.

Em 1979, a Lei da Anistia, aprovada pelo Congresso Nacional, consolidou um amplo pacto de pacificação a partir das convergências próprias da democracia. Foi uma transição sólida, enriquecida com a maturidade do aprendizado coletivo. O País multiplicou suas capacidades e mudou de estatura.

O cenário geopolítico atual apresenta novos desafios, como questões ambientais, ameaças cibernéticas, segurança alimentar e pandemias. As Forças Armadas estão presentes, na linha de frente, protegendo a população.

A Marinha, o Exército e a Força Aérea acompanham as mudanças, conscientes de sua missão constitucional de defender a Pátria, garantir os Poderes constitucionais, e seguros de que a harmonia e o equilíbrio entre esses Poderes preservarão a paz e a estabilidade em nosso País.

O movimento de 1964 é parte da trajetória histórica do Brasil. Assim devem ser compreendidos e celebrados os acontecimentos daquele 31 de março.

Walter Souza Braga Netto

Ministro de Estado da Defesa

Fonte: Diário do Poder

Redação
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