O terceiro painel do Congresso Aço Brasil 2019 evidenciou o tema “Crescimento Econômico – drivers de consumo”. O Ministro de Estado Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, abriu a discussão com medidas já tomadas pelo governo no sentido de melhorar as condições de negócios no Brasil. Um dos exemplos foi o chamado “Revogaço” – conjunto de decretosrevogados pelo governo com o objetivo de reduzir a burocracia. “O rumo que escolhemos é o Brasil no rumo da prosperidade. Os eixos fundamentais são a simplificação, a redução e a desburocratização”, disse.
Além disso, Lorenzoni reforçou a parceria com os produtores e empresários. “A gente quer um governo que saia do cangote do cidadão brasileiro. Um governo que sirva às pessoas e que não se sirva delas”, afirmou. Para ele, o objetivo é tornar o país mais seguro, tanto do ponto de vista individual, como da ótica de investimentos e trabalho.
Contudo, a luta pela desburocratização e pela redução do Estado continua. “Nós já cortamos 21 mil (cargos) e trabalharemos para cortar mais 25 mil (cargos) até o final deste ano”, informou.
Consumo do aço
Logo após o discurso do Ministro da Casa Civil, o Conselheiro do Aço Brasil e CEO da ArceloMittal Aços Longos Latam, Jefferson de Paula, falou a respeito da situação do consumo do aço. Em contrapartida com o restante do mundo, o Brasil demonstrou queda nos números referentes ao consumo aparente de produtos relacionados ao aço. “Até 2013, chegamos com 28 milhõesde toneladas de consumo no Brasil. Com a crise, perdemos quase 10 milhões de toneladas em consumo”, explicou.
De acordo com o diretor presidente da Aperam South America e também conselheiro do Aço Brasil, Frederico Ayres Lima, o consumo de aço é necessário para o crescimento econômico de um país. Atualmente, o segmento que lidera o consumo de aço no Brasil é a Construção Civil, representando 34,1% do consumo total do produto no país. Logo atrás, vem osetor automotivo (22%) e Bens de Capital (21%). “Não existe crescimento econômico sem consumo de aço e não existe consumo de aço sem crescimento econômico”, declarou.
O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, demonstrou grande preocupação com o futuro do setor nos próximos anos, em específico, se medidas para melhorar a exportação não forem tomadas. Como recomendação, ele sugeriu que o governo priorize ações para viabilizar asexportações, como aumentar a taxa do Reintegra. “É preciso fazer o dever de casa. Priorizar a exportação. O Reintegra hoje é simbólico. Tem de voltar a ser de 3% a 5%, dependendo do segmento para empresas que comprovem mais resíduos tributários”, criticou.
Quanto à geração de empregos, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Rodrigues Martins, foi bem preciso: “obra paralisada que começa a ser tocada é emprego no dia seguinte”, afirmou. Contudo, Martins reconhece que o Governo não tem condições financeiras de dar andamento as 4.700 obras paralisadas e,por isso, reforçou a importância de investimentos de empresas privadas para o setor.
A consultora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Energia Magda Chambriard defendeu melhor aproveitamento do pré-sal como forma de viabilizar a demanda para os diversos setores da economia. Segundo ela, com o investimento em uma petroleira, gera-se empregos indiretos, inclusive, na siderurgia – setor que paga mais do que a média de salários do Brasil.
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