Profissionais da UBS 4 aliam saúde e bem-estar às cores, dança e músicas desta cultura
A rotina da equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) 4 de Sobradinho se enche de cores e sons quando é dia de atendimento na comunidade cigana Nova Canaã, que adotou o Distrito Federal como lar há exatos cinco anos. Em meio às lonas, fixadas na Rota do Cavalo, área rural de Sobradinho distante cerca de 30 km da Rodoviária do Plano Piloto nove profissionais da Secretaria de Saúde são responsáveis pelos atendimentos e pela melhoria na qualidade de vida de 15 famílias ciganas.
A chegada dos servidores ao acampamento de terra batida é motivo de alegria. As visitas são rotineiras e o tipo de assistência prestada é diversificado o que inclui orientações de saúde e o olhar diferenciado que a Atenção Primária tem sobre o paciente.
Delcir Alves da Silva, mãe e avó de herdeiros da tradição cigana, estava muito feliz e grata com o atendimento. Para ela, muita coisa mudou: “Antes, precisávamos nos deslocar grandes distâncias para buscar atendimentos para as nossas crianças. Hoje, temos atendimento na nossa porta”.
Com uma alegria contagiante, a pequena cigana Sayuri Silva Rocha, de 9 anos, estava atenta aos novos ensinamentos e feliz por aprender como cuidar do seu belo sorriso. Para Sayuri, ter um sorriso saudável faz parte do encanto e da alegria que transmite em suas danças ciganas. “Tenho orgulho da dança e da nossa tradição”, destaca a menina.
Na visita desta semana, ocorreu ação de educação em saúde bucal e estímulo ao autocuidado, com a participação de residentes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Durante o atendimento, teve aplicação de flúor, distribuição de kits de higiene bucal e triagem das crianças para atendimento individualizado.
HUMANIZAÇÃO – A aproximação dos serviços de saúde com a comunidade cigana é reforçada a cada ação realizada nas lonas, onde vivem 72 pessoas.
“Fortalecer o vínculo entre a equipe da UBS e a comunidade é um dos propósitos dessas ações”, destaca a psicóloga da Gerência de Atenção à Saúde de Populações em Situação Vulnerável e Programas Especiais (GASPVP) da Secretaria de Saúde, Christiane Viana Silva.
A Região de Saúde Norte, onde o acampamento está inserido, possui cobertura de 96% da população pela Atenção Primária. Em todo o Distrito Federal, há 599 equipes atuando, das quais 386 encontram-se completas, de acordo com os dados alimentados pelas gerências de planejamento, monitoramento e avaliação de cada região.
HISTÓRIA – A comunidade cigana chegou à capital por volta de 1974. Hoje, a maior parte dos moradores tem laços familiares. Até meados de 2014, levavam uma vida nômade, mas decidiram fixar-se na Rota do Cavalo, em Sobradinho. As 15 famílias vivem em tendas de lona e buscam transmitir e manter a tradição e a cultura cigana no Distrito Federal.
“Temos muito a agradecer, pois sentimos que, agora, os nossos direitos estão vindo até as nossas famílias e isso é uma grande conquista, pois aprendemos a nos cuidar e, assim, prevenimos doenças e conquistamos qualidade de vida para a nossa comunidade”, concluiu o líder da Associação Cigana Wanderley Rocha, ao destacar que, desde que chegaram à região, recebem atendimento da equipe da UBS 4.
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Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde / (61) 2017 1111
Wanderley Rocha