Parlamentares também vão ouvir entidade sobre notícias falsas sobre saúde pública e vacinas
A CPMI das Fake News ouve nesta semana representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Sociedade Brasileira de Imunizações, e os proprietários da empresa Yacows.
A Yacows é uma das empresas acusadas de supostamente haver realizado “disparos em massa” em favor de campanhas políticas durante as eleições de 2018.
Após examinar o caso, o Whatsapp negou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que os “disparos em massa” tenham ocorrido. E a fonte da suposta ilegalidade ta,bém negou tudo à CPMI na semana passada.
Na próxima quarta (19), serão ouvidos os sócios-proprietários da empresa Flávia Alves e Lindolfo Antônio Alves Neto. O depoimento está marcado para as 13 horas, no Senado.
Polêmica
A CPMI ouviu o ex-funcionário da Yacows Hans River do Nascimento. De acordo com ele, a empresa mantinha um cadastro de nomes e CPFs, lista que era usada para registrar chips de celular.
Ao contrário do que dizia a denúncia nos jornais, o funcionário afirmou que na verdade atuou para a campanha de Fernando Haddad (PT) e Henrique Meirelles (MDB), e não para Jair Bolsonaro.
A reversão de expectativas acirrou os ânimos na CPMI, com troca de acusações. Hans River chegou a afirmar que trabalhou também para a campa ha do deputado Rui Falcão (PT/SP), na frente dele. Também desferiu acusações e até insultos à jornalista que denunciou a suposta fraude.
Campanha antivacina
Na terça-feira (18), os parlamentares vão ouvir, a pedido do presidente da CPMI, senador Angelo Coronel (PSD/BA), representantes da Sociedade Brasileira de Imunizações sobre notícias falsas a respeito de saúde pública e vacinas.
De acordo com o senador, a entidade publicou estudo chamado “As Fake News estão nos deixando doentes?”, que trata do impacto das notícias falsas sobre a cobertura vacinal da população.
Já a sugestão de ouvir a Organização Mundial da Saúde foi dos deputados Filipe Barros (PSL/PR) e Caroline de Toni (PSL/SC). O objetivo é que a entidade contribua na investigação da prática de cyberbullying sobre os usuários mais vulneráveis da internet e o aliciamento e orientação de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio.
Fonte: Diário do Poder