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25/11/2024
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Manobra da licença deu certo: Barroso revoga afastamento de senador cuecão

Objetivo da licença por 90 dias era claro: esvaziar afastamento judicial do mandato. Partidos entram com representação contra senador Chico Rodrigues no Conselho de Ética

Deu certo a manobra do senador Chico Rodrigues (DEM/RR), flagrado pela Polícia Federal com R$33 mil enfiados entre as nádegas: seu pedido de licença de 90 dias do mandato, protocolado na manhã desta terça-feira (20), fez perder sentido a decisão judicial de afastá-lo do cargo por igual período.

A iniciativa tinha o objetivo de tornar inócua uma eventual posição do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) referendando seu afastamento por decisão monocrática do ministro Luis Roberto Barroso. Agora há pouco, Barroso revogou a própria decisão que afastava o senador do cargo

O Ministro do STF havia afastado Rodrigues judicialmente por 90 dias, a fim de impedir eventuais interferências nas investigações, mas o Senado precisaria concordar com a decisão judicial.

A licença inicial de 90 dias não permitiria a posse do suplente, que é filho de Rodrigues. Mas ele decidiu ampliar o pedido de licença para 121 dias, exatamente para permitir que o filho assuma a vaga. O suplente não assume quando a licença do titular do mandato é inferior a 120 dias.

Mais experiente, o Presidente do Conselho de Ética, Jayme Campos (DEM/MT), sugeriu licença de 121 dias para Chico Rodrigues, a fim de permitir a posse do suplente, seu filho.

Rodrigues é suspeito de envolvimento no desvio de recursos públicos das emendas parlamentares destinados a aquisição de materiais de combate à covid-19 em Roraima, seu Estado.

A manobra de Rodrigues fez lembrar os versos de outro Chico, o Buarque:

Agora já não é normal

O que dá de malandro regular, profissional

Malandro com aparato de malandro oficial

Malandro candidato a malandro federal

Malandro com retrato na coluna social

Malandro com contrato, com gravata e capital

Que nunca se dá mal…

Fonte: Diário do Poder

Redação
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