O ingresso do país como membro da organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN) foi discutido entre o ministro, astronauta Marcos Pontes, e especialistas do MCTI.
O Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, conversou essa semana durante o Bate-Papo Ciência e Tecnologia no Dia a Dia com representantes do MCTI e de instituições vinculadas ao ministério sobre a participação do Brasil no maior acelerador de partículas do mundo, que fica em Genebra, na Suíça, e pertence à Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN).
O Ministro Marcos Pontes começou o bate-papo explicando o que fez durante a sua gestão para que o Brasil fizesse parte da organização. “Quando eu cheguei em 2019 eu fiquei sabendo que havia um convite do CERN para que o Brasil fosse um membro associado e esse convite era desde 2009″.
“Eu fui fazer uma visita ao CERN para conhecer, entender o funcionamento, entender a participação. Conversei com uma série de pessoas e cada vez mais ampliou a minha certeza da necessidade do Brasil participar desse programa. Conversei com os membros do CERN e falei que a gente tinha que achar uma maneira do Brasil participar. E aí, começou a parte administrativa de resolver as questões burocráticas para que isso fosse possível. E a gente está no finalzinho já desse desenrolar de tudo isso”, disse.
Participou da conversa, transmitida ao vido pelo canal do MCTI no YouTube, o secretário de Empreendedorismo e Inovação (SEMPI/MCTI), Paulo Alvim, que destacou a importância para a economia do país da participação do Brasil na organização europeia. “Nós temos uma oportunidade única, a partir da ciência, tecnologia brasileira de sair na frente, de ocupar lugar de destaque e com isso reposicionar o país e criar condições de melhor qualidade de vida para a população, a partir da agregação de valor com base em ciência e tecnologia”, destacou o secretário Paulo Alvim.
O diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), unidade de pesquisa subordinada ao MCTI, Ronald Cintra Shellard, que já atuou como pesquisador no CERN ressaltou que a entrada do Brasil como membro da organização será um grande passo para a ciência brasileira. “Antes tarde do que nunca. Eu acho que a inciativa que o ministro está tomando é absolutamente essencial. Eu converso com as pessoas na rua sobre essas coisas e acho que todo cidadão brasileiro vai olha isso como sendo um grande passo para o nosso país”.
Esteve no bate-papo o diretor-geral do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social supervisionada pelo MCTI, Antônio José Roque da Silva, também diretor-geral do acelerador de partículas brasileiro, o Sirius, que fica no município de Campinas, em São Paulo. José Roque destacou que a participação do Brasil do CERN é mais uma conquista para a ciência do país. “É importante que o Brasil faça parte desses esforços mundiais de avanço do conhecimento e avanço tecnológico, da mesma maneira que o ministro fez parte do avanço na conquista do espaço, que faz parte de um desafio da humanidade. O CERN tem esse símbolo também. Estamos avançando o conhecimento da humanidade e o Brasil vai se juntar a essa parceria mundial que é muito importante”.
O Ministro Marcos Pontes e uma comitiva do MCTI estiveram recentemente em missão internacional pela Europa e um dos compromissos foi um encontro com diretores do CERN, em Genebra. De acordo com o ministério, a participação do Brasil na organização trará oportunidades importantes para a indústria nacional e para a cooperação com o Sirius, o acelerador de partículas nacional. Mais de 100 pesquisadores brasileiros utilizaram a estrutura europeia no ano de 2019.
Todas as terças-feiras, o MCTI promove o Bate Papo Ciência e Tecnologia no Dia a Dia, que vai ao ar às 19h30 pelo canal do ministério no YouTube www.youtube.com/mcti. Confira o último programa abaixo.
Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
