Por Gilson Araújo
Até 1987 Brasília não tinha Deputado no Distrito Federal, Ulisses Guimarães, Pompeu de Souza, Maurício Correia e outros, diziam que Brasília era cassada. De 1982 a 1988 a bravura da Favela do Paranoá era intensa, modelo de luta por cidadania. Eu era o Prefeito sem remuneração, meus seis mercados eram a fonte de orçamento e pagava todas mobilizações populares diárias junto ao Congresso e GDF, tudo caro. O Governador José Aparecido, Doutor Gui, Carlos Murilo, Arruda (este é louco por trabalho é um trator, com ele é o resolve agora, não deixa para depois, não!), era Secretário de Serviços Públicos de José Aparecido, todos secretários gostavam da Prefeitura da Invasão e em 1987 José Aparecido e Benedito Domingos assinaram o Decreto de Fixação do Paranoá. Festas com centenas de moradores, foguetórios na prefeitura, (que funcionava dentro de um dos meus mercados).
Em 1990 ganhei a eleição de deputado distrital e o Presidente Fernando Collor de Mello só teve maioria de votos para Presidente do Brasil no DF, só no Paranoá. Tive facções que quase me trucidaram por ter apoiado Fernando Collor, porque a prefeitura na época deu apoio a ele, na época a frase política era: Trabalhador não vota em empresário (patrão), um contra o outro! E Collor chamou Joaquim Roriz e disse: ‘Quando eu for no Paranoá só quero no meu palanque este Deputado e vou atender todos os pedidos dele para o povo do Paranoá e oi assim que o Paranoá, foi a única cidade 100% pronta em quatro anos com Joaquim Roriz e Fernando Collor, pois apadrinharam o Paranoá. O primeiro CAIC do Brasil com governo Fernando Collor foi construído no Paranoá, sem questionar.
CAIC Paranoá
Eu era um Deputado Distrital pedinte, levando o povo ao congresso e aos gabinetes de Ministros, por ordem do Presidente Fernando Collor, o Presidente Fernando Collor foi também pai e mãe do Paranoá. O Ministro Henrique Santillo nos recebeu e foi assim que nasceu a concessão do Hospital do Paranoá. Fui apoiado no Projeto da Ponte JK (Lei 187/91) de Gilson Araújo. Todos meus seis mercados acabaram em gastos comunitários pelo DF, isto serve de lição, mas estou feliz. Deus vê tudo. Mas esta história é real é para falar de Papuda. Legal. Esta orquestra das cigarras agora. A natureza é bela e perfeita.
Papuda? Com a energia do amor! Quando subimos o povo do Paranoá da parte de baixo para cima, ficou descampado em baixo com plantas desde 1957. Numa articulação de governo colocamos o inesquecível Presidente da Associação Comercial do Paranoá-ACIP o senhor João Mata Tudo para transformar a área num Parque que hoje é chamado de Vivencial, mão de obra?
Tivemos a ideia de trabalhar com presos da Papuda. João Mata Tudo era o homem mais rico e melhor açougue do Paranoá, nos anos 80 a 90. Hoje, adoentado; tem uma casa para morar e o amor de muitos do Paranoá. Honesto e habilidoso, amigo leal. Com a mão de obras dos presos da Papuda, Mata Tudo transformou a inóspita área no Parque Vivencial o mais lindo e gostoso do Distrito Federal, junto com os presidiários que tinham ‘Mata Tudo’ como um amigo, um paizão, os presos são homens de palavras, corajosos, inteligentes, bravos, criativos, obedientes, são amigos verdadeiros, os presidiários da Papuda, quando confiam, parece animal de estimação, morrem para salvar o dono. Presos são frutos da parte corrupta, brutal da parte podre da política brasileira, (mas tem político bons no DF) presos são o produto do salário mínimo diário de R$ 32,80 reais e de 70 mil mortes por assassinatos ano Brasil.
Parque Vivencial
Para mudar a política? Temos que copiar o modelo cultural dos Deputados da Suécia, da Argentina e da Espanha onde o custo de um deputado ano é menos de um milhão por ano, e no Brasil chega a um milhão mês, despesas totais do gabinete, então os 8 mil presos da Papuda (raras exceções) têm que ser soltos e reintegrado a seus lares, e ao trabalho aqui fora, e receber apoio social, psicológico, religioso Bíblico de nós todos. Temos o dever de lhes dar atenção social com amor, humildade e tolerância, eles são filhos de Deus e nossos irmãos. O rico GDF sustentado pelos bilhões do Governo Federal tem que rever com políticas sociais de fraternidade, um programa de voltar os presos as suas famílias e filhinhos e nós ajudamos com amor a eles. Amar eles? Aí eles vão nos amar e se tornarão homens do bem, atitudes.
Lembrem: Só depois que apareceu o Juiz Sérgio Moro que o rico e político foi para cadeia, antes era preso só os pobres, os excluídos.
Reflexão! Ame seus filhos e esposa,
Gilson Araújo
Fonte: Informando e Detonando