Senador vê números do Paraná Pesquisa como chance de virar jogo

O registro de 31,5% de eleitores indecisos na modalidade espontânea do levantamento divulgado dia (14) sexta-feira pelo Instituto Paraná Pesquisas animou o senador Rodrigo Cunha (União Brasil) na missão de tirar Alagoas das páginas policiais.

Ele é o candidato a governador da oposição que tenta impedir a ascensão do grupo político liderado pelos senadores emedebistas Renan Calheiros e Renan Filho. E aposta na oportunidade de virar o placar do 1º turno e vencer a eleição para governar Alagoas, superando o afilhado de Renan e Lula, Paulo Dantas (MDB), governador-tampão afastado pela Justiça que segue liderando as intenções de votos, enquanto tenta se defender dos indícios de corrupção expostos no julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no caso de um desvio criminoso de R$ 54 milhões dos cofres públicos.

Rodrigo Cunha é incentivado pelos dados do Instituto Paraná Pesquisa, que ouviu 1.510 alagoanos, presencialmente, entre os dias 9 e 13 deste mês de outubro, e registrou na pesquisa espontânea, além dos 31,5%, ainda há 5,7% de eleitores que responderam votar nulo e ou em branco. Nesta modalidade, em que não são oferecidos nomes dos candidatos, a diferença de Rodrigo para o líder Paulo Dantas é de 8 pontos percentuais. Enquanto na modalidade estimulada, em que o eleitor escolhe entre os dois candidatos, a diferença aumenta para 9,9 pontos percentuais, com Paulo Dantas com 48,1% e Rodrigo Cunha com 38,2%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo AL-08594/2022.

“Vamos virar o voto, vamos mostrar ao Brasil que Alagoas quer sair das páginas policiais, que quer deixar para trás quem envergonha nossa história, nossa gente e nosso futuro. É só comparar, de um lado, um candidato que em quatro meses como governador-tampão foi afastado do cargo e é investigado por corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, do outro, um senador mãos limpas, um candidato com uma trajetória de combate intransigente à corrupção e em defesa da transparência pública, um candidato com propostas para tirar Alagoas do mapa da fome e para gerar emprego, renda e dignidade aos alagoanos e alagoanas”, declarou Cunha, neste sábado (15), ao afirmar ser o “lado certo de fazer política” que o eleitor procura.

O senador Rodrigo Cunha (União Brasil) diz que o eleitor não deverá acreditar na versão de que Paulo Dantas estaria sendo alvo de uma alegada “armação”, no inquérito da Polícia Federal que resultou na Operação Edema, autorizada pelo STJ com o apoio do Ministério Público Federal (MPF).

“O que o ex-tampão precisa explicar é onde conseguiu dinheiro em espécie para pagar R$ 1,6 milhão por uma cobertura em Maceió, qual a origem dos R$ 8 milhões que pagaram uma mansão para ele no Laguna condomínio de luxo em Marechal Deodoro-AL! O ex-tampão precisa explicar aos alagoanos a contratação de 93 servidores fantasmas na Assembleia Legislativa, com salários entre R$ 17 mil e R$ 21 mil, e que só recebiam entre 300 e 600 reais! O restante desses valores era embolsado por Paulo Dantas. Alagoas vai dizer basta a essas pessoas, a esse tipo de política que se elege para ameaçar, pressionar, roubar os cofres públicos, desgastar a imagem do nosso estado, da nossa população”, argumenta Rodrigo Cunha, citando dados  da investigação de esquema de “rachadinha”, expostos durante o julgamento em que a Corte do STJ confirmou o afastamento de Paulo Dantas, na quinta-feira (13).

Outro lado

Em nota, Paulo Dantas disse que respeita a decisão da Justiça, embora discorde de como o processo tem sido conduzido. “Só peço que o meu direito de defesa seja preservado, porque somente, após isso, tudo será esclarecido. Estou confiante nos recursos que meus advogados irão impetrar. Com isso, serei reeleito governador de Estado para trabalhar pelo povo alagoano e dar continuidade a um projeto político que mudou a cara do Estado”, reagiu Paulo Dantas, após a decisão do STJ, que o afastou.

Julgamento

Veja o julgamento completo do afastamento do governador Paulo Dantas, no canal do STJ no YouTube:

Fonte: Diário do Poder