Antônio Palocci e Lula

Lula tinha Antônio Palocci como braço direito no Palácio e na coordenação de campanhas presidenciais petistas

Há 15 anos, governo do ex-presidiário Lula batalhava pela CPMF e o ‘3º mandato’

Publicado em: 15/12/2022 00:111,6 Min. de Leitura

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Por Tiago Vasconcelos

À época, Lula tinha Antônio Palocci como braço direito no Palácio e na coordenação de campanhas presidenciais petistas

Em dezembro de 2007, poucos anos depois do auge do escândalo do Mensalão, o primeiro a assolar a administração petista, o segundo governo Lula enfrentava uma dura batalha para prolongar a vida da CPMF, que deixaria de ser cobrada caso o Congresso não aprovasse uma prorrogação.

A Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira era uma “cobrança”, quase um imposto, que incidia sobre todas as movimentações bancárias. A Câmara dos Deputados aprovou prolongar a CPMF, mas ainda precisava passar pelo crivo do Senado.

À época, Lula tinha Palocci como braço direito no Palácio e na coordenação de campanhas presidenciais petistas.

À época, Lula tinha Palocci como braço direito no Palácio e na coordenação de campanhas presidenciais petistas.

Os senadores brasileiros rejeitaram a CPMF, no episódio que ficou conhecido como “a maior derrota do governo Lula em 2007”. Essa derrota significou uma redução de R$ 40 bilhões na arrecadação pública, segundo o próprio governo e afetou diretamente a disputa pelo poder no Legislativo nos anos finais da administração, que tentava compensar a arrecadação de outras formas (taxas, contribuições etc.) através novas propostas ao Congresso.

Simultaneamente aos esforços e eventual derrota do governo petista, a Coluna Cláudio Humberto noticiava, há 15 anos, resultados de uma pesquisa encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) junto ao instituto Sensus, que apontava vitória do já reeleito Lula sobre o principal líder da então oposição, José Serra (PSDB). Entretanto, 49,8% rejeitavam a ideia de alterar a Constituição para permitir um terceiro mandato para o petista. Numa reviravolta de uma década e meia, nas eleições de 2022 o líder tucano apoiou o petista Lula.

Fonte: Diário do Poder