Após desviarem aproximadamente 2 milhões de KWh de energia elétrica, o suficiente para abastecer 11 mil residências populares durante 30 dias, os proprietários de uma empresa de reciclagem, no Setor de Abastecimento e Armazenamento Norte (SAAN), serão indiciados pelo crime de furto de energia. O valor da energia consumida e não paga ultrapassa a cifra de R$ 1,1 milhão. Ao longo de um ano, a empresa foi autuada quatro vezes e, mesmo assim, mantinha a dinâmica criminosa.
No caso mais recente, cuja autuação foi lavrada no início deste mês, equipes da Neoenergia, com apoio da Polícia Civil, identificaram uma irregularidade no medidor de energia. O equipamento de medição de consumo sofreu queima proposital. Com isso, a eletricidade consumida pela empresa não era registrada da forma correta. Estima-se que, nessa ocasião, a empresa tenha desviado 150 mil KWh, deixando de pagar R$ 90 mil à distribuidora. Na primeira autuação, em setembro de 2022, o desvio de energia já somava mais de R$ 600 mil. Além dessas vezes, a empresa foi autuada em março e julho passados.
Toda energia furtada será cobrada por meio de processo administrativo. As irregularidades foram retiradas, o estabelecimento regularizado e os responsáveis intimados a depor no âmbito criminal.
“Ressaltamos que as ligações clandestinas de energia constituem crime previsto no Código Penal brasileiro por meio do Artigo 155. Intensificamos o combate às ligações clandestinas para não somente recuperarmos a energia furtada, mas também para ampliarmos a segurança e qualidade da energia que chega às residências dos clientes que não compactuam com essa prática criminosa”, destaca Madson Melo, gerente de Gestão da Receita da Neoenergia Brasília.
Os alvos foram mapeados após análise do Centro de Inteligência da distribuidora e de fiscalizações em campo. Para identificar unidades como possíveis consumidoras irregulares, a distribuidora utiliza softwares associados a sensores inteligentes que controlam o fluxo de energia elétrica na rede de distribuição, auxiliando as ações de investigação em campo, como também histórico e perfil de consumo da energia de cada atividade. Esses processos permitem uma maior assertividade das operações de combate ao furto de energia.
Crime – Conforme disposto no Código Penal, a punição para o responsável pela irregularidade (fraude, furto ou adulteração de medidor) pode chegar a oito anos de reclusão. Além de crime, o furto de energia representa risco de morte a quem faz e a quem está próximo.
Segurança – A ligação clandestina também provoca instabilidade no fornecimento de energia da região e pode causar a queima de eletrodomésticos dos vizinhos do local onde é feita.
Denúncia – A Neoenergia reforça que o apoio da comunidade é essencial para identificar os desvios e acionar a concessionária. As denúncias são feitas, de forma anônima, nos nossos canais de atendimento, por meio do telefone 116 ou presencialmente em uma de nossas lojas de atendimento.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Neoenergia Brasília