O União Brasil rejeitou expulsar o deputado federal Luciano Bivar (União/PE) do quadro do partido. No entanto, a sigla decidiu destituí-lo definitivamente do comando da agremiação. Na prática, a decisão muda pouca coisa, já que Bivar foi derrotado em eleição interna para escolha do novo presidente do União e a troca ocorreria já em junho.
O afastamento de Bivar ocorreu em meio a uma sucessão repleta de escândalo e troca de acusações. Duas casas da família do presidente eleito, Antônio Rueda, foram incendiadas em Pernambuco. Rueda suspeita da participação do rival no ato. Bivar também foi gravado ameaçando Rueda e familiares.
O processo de Bivar foi relatado pela senadora Dorinha Seabra, que se manifestou contra a expulsão. Em votação secreta, 3/5 dos 16 votantes acompanharam a relatora. Dorinha entendeu que não existem provas da participação do deputado no incêndio.
A relatora da comissão de ética do União Brasil, Rose Modesto, pré-candidata à prefeitura de Campo Grande, nem mesmo apareceu na reunião, que era virtual. Bivar também não participou.
Incêndio criminoso
O incêndio ocorreu no início deste ano. Em março, Rueda contratou uma perícia particular que apontou que a origem do fogo foi criminosa.
Bivar coleciona desafetos no partido. Após a briga para não largar o osso, figuras influentes da sigla se posicionaram contra o deputado. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, chegou a dizer que o incêndio revela a “postura de gângster” de Bivar.
O caso acabou no Supremo Tribunal Federal (STF). O Ministro Nunes Marques mandou que a Polícia Federal investigasse o caso. Na última semana, endereços de pessoas ligadas ao deputado foram alvos de batida da PF.
Fonte: Diário do Poder