Martin de Luca provoca bancos brasileiros, após setor bancário da Colômbia prometer aplicar sanções dos EUA contra presidente colombiano.

O compromisso do setor bancário da Colômbia em aplicar sanções dos Estados Unidos contra o presidente Gustavo Petro pela acusação de apoio ao tráfico global de drogas levou o advogado da Trump Media, Martin de Luca, a questionar bancos brasileiros a aplicar as punições financeiras determinadas pelo presidente Donald Trump contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

“Bancos colombianos anunciam que pretendem cumprir as sanções dos EUA contra Petro e sua família. Qual é a situação dos bancos brasileiros após a designação de Alexandre de Moraes?”, provocou Martin de Luca, na rede social X, referindo-se à iniciativa de Trump de impor ao ministro brasileiro a sanção máxima dos EUA a um estrangeiro, a Lei Global Magnitsky, cujas consequências são consideradas uma “morte financeira” do sancionado.

O advogado da companhia de média de Donald Trump ainda mencionou, em outra postagem, que o banco francês BNP Paribas admitiu ter descumprido sanções americanas ao movimentar bilhões de dólares para entidades no Sudão, Irã e Cuba. E disse que o BNP acabou punido em US$ 8,9 bilhões por transações em dólares envolvendo as partes sancionadas com punições semelhantes às impostas a Gustavo Petro e a Alexandre de Moraes.

“Os bancos brasileiros têm enviado sinais mistos sobre se cumprirão ou não as regras. Enquanto isso, os bancos colombianos parecem ter reagido rapidamente quando os EUA impuseram sanções à Petro ontem”, disse o advogado de Donald Trump.

Alertado em um comentário sobre ser cultura no Brasil o pensamento de que medidas como a sanção dos EUA “não dão em nada”, Martin de Luca reage com uma pergunta: “Você está dizendo que apenas atos de força são levados a sério, em vez do diálogo?”.

Alexandre de Moraes é relator de ações contra condenados por crimes em “trama golpista” contra a eleição do presidente Lula (PT). E foi acusado por Donald Trump de desrespeitar direitos humanos como “líder de uma perseguição judicial” ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado do chefe do governo americano, que acabou condenado a mais de 27 anos de prisão neste processo, em setembro.

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Fonte: Diário do Poder