Sindicalista de R$ 157 milhões mente muito e acaba preso na CPMI do INSS
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Abraão Lincoln foi acompanhado por policiais legislativos após o depoimento à CPMI do INSS, que terminou já na madrugada de terça-feira. Abraão Lincoln foi escoltado, após o depoimento à CPMI do INSS.
O presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), Abraão Lincoln Ferreira, foi preso por falso testemunho ao fim de seu depoimento à CPMI do INSS na segunda-feira (3). Ele é acusado de movimentar pessoalmente mais de R$ 157 milhões, sem declarar, e mais de R$ 300 milhões por meio da entidade.
Depois das arguições dos parlamentares, o relator da CPMI, Alfredo Gaspar, requereu a prisão em flagrante do depoente. Segundo o relator, Abraão Lincoln mentiu sobre o motivo de sua saída da direção da Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores (CNPA) ele disse que tinha renunciado ao cargo, mas foi afastado por medida cautelar e “negou por meio do silêncio” conhecer Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, mas admitiu o vínculo ao responder a outras perguntas.
Abraão Lincoln também teria mentido sobre a natureza de sua relação com Gabriel Negreiros, tesoureiro da CBPA, e sobre o alcance da procuração que passou a Adelino Rodrigues Junior. Adelino tinha amplos poderes para movimentar recursos da CBPA, e, com esses amplos poderes, enviou R$ 59 mil para a esposa do procurador geral do INSS de então, Virgílio Antônio, e R$ 430 mil para João Victor Fernandes em espécie.
Antes de concordar com o pedido, o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos/MG), lembrou que “o silêncio também fala” e manifestou sua esperança com os rumos da comissão parlamentar mista de inquérito.
“Encerramos um ciclo de impunidade e começamos o tempo da verdade, em nome dos aposentados, das viúvas, dos órfãos e da esperança que ainda vive no coração do Brasil.”
Fonte: Diário do Poder

