Por Fernando Caixeta
Após o desgaste de Ricardo Vélez Rodríguez no cargo, nome do senador do DF voltou a ser cogitado para a sucessão do colombiano no MEC
O desgaste gerado no Ministério da Educação (MEC) desde o início da gestão do colombiano Ricardo Vélez Rodríguez voltou a levantar especulações sobre o nome do senador Izalci Lucas (PSDB/DF) para chefiar uma das pastas mais estratégicas da Esplanada. Ele negou que haja reuniões marcadas para tratar do assunto, mas se diz inclinado a aceitar o posto, desde que tenha autonomia para nomear cargos estratégicos.
“Quem decide é a Presidência, é um cargo de confiança dele Bolsonaro. É ele quem nomeia e quem exonera”, esclareceu o senador ao ser questionado se o Palácio do Planalto o indicará como sucessor de Vélez.
Em entrevista à rádio Metrópoles FM, o cacique tucano lembrou que chegou a ter o nome indicado pela Frente Cristã em Defesa da Família, por deputados da bancada evangélica e por parlamentares ligados à educação e ciência e tecnologia: “Eu recebi alguns intermediários e disse para o Bolsonaro que o maior desafio do Brasil não é economia; economia é fichinha em relação à questão da educação”.
Izalci também destacou que não aceitaria um ministério sem autonomia para nomear os cargos de confiança estratégicos, em referência à proibição feita pelo presidente Jair Bolsonaro quanto à nomeação de assessores por Vélez. “Não vou ficar correndo atrás, não quero ser ministro por ser ministro, tem que ter autonomia para indicar os cargos de que preciso.”
Ouça a entrevista de Izalci à Rádio Metrópoles:
“Não está dando certo”
Bolsonaro afirmou, durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, nessa sexta-feira (5/4), que Vélez “não está dando certo” e que pode demiti-lo na próxima semana.
“Está bastante claro que não está dando certo o ministro Vélez. Na segunda-feira [08/4], vamos tirar a aliança da mão direita, ou vai para a esquerda ou vai para a gaveta”, disse o chefe do Executivo federal.
O ministro tem criado uma série de rusgas desde quando assumiu a pasta, o que inclui depoimentos polêmicos muitos deles colocaram em crise o governo de Jair Bolsonaro e provocaram a demissão de 16 funcionários do alto escalão.
Fonte: Metrópoles