Por Toni Duarte
Os cem dias de um governo não serve apenas para mostrar a eficiência da equipe governamental, mas também para meter a tesoura em que não conseguiu ser eficiente para o setor que foi indicado. Seguindo essa lógica o governador Ibaneis Rocha (MDB), até junho, deve mandar para o espaço, alguns secretários, presidentes de autarquias e administradores regionais
A troca de Daclimar Azevedo de Castro por Cândido Teles de Araújo, para o comando da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), ocorrida nesta terça-feira (16/04) é um forte indicativo que o governador Ibaneis Rocha estará mais exigente do que nunca após seus cem dias de governo, completados no último dia 10 deste mês.
Setores sensíveis do governo como a saúde (batalha incansável do governador pelo acerto), estão na “sala vermelha” do Buriti prontos para passar pela lâmina do bisturi.
O que mais preocupa Ibaneis é o pouco desempenho da ação básica de saúde, monitorado por fotos e vídeos captados nestes últimos cem dias pelo “alerta máximo”, uma espécie de olhos e ouvidos do governador.
Apesar de alguns alentos no atendimento de alta complexidade, no entanto os hospitais e Upas se abarrotam com gente acometida com pequenas enfermidades.
“O remédio é a troca”, chega a ser incisivo o governador com cara de quem não está gostando do que ainda está ocorrendo na saúde do seu governo.
Nos primeiros cem dias do ano a saúde foi a pasta que passou por mudanças, até mesmo imprevisíveis e de surpresa para quem estava à frente de algum setor como ocorreu no HRAN, HMIB e no Hospital de Brazlândia. Também houve exonerações dentro da própria Secretaria de Saúde como a queda de um secretário adjunto.
Os próximos 60 dias pode ocorrer mudanças significativas no comando de algumas Secretarias de Estado e de algumas estatais, além de Administrações Regionais.
Estas por sua vez se transformaram em pequenas ilhotas dentro do governo adotando uma linha individual de mando. A medida faz parte do pacote de restruturação da máquina governamental.
Quem não deu conta do recado fica fora do governo. Além do mais, está inclusa na temporada das exonerações os “jabutis” deixados nos galhos de paus pelo ex-governador Rollemberg.
Alguns chegam até a dizer: “aqui o governador sou eu”.
Para quem tem fome de acertar, o governador Ibaneis Rocha desta vez não usará a sua caneta de luxo da marca “Visconti Ripple”, revestida a ouro branco, com pena em ouro de 18 quilates, avaliada em 40 mil euros, que usou no dia da sua posse e de todos os seus auxiliares.
Agora, a exoneração de quem não foi aprovado será assinada mesmo é com caneta Bic que custa dois reais na feira. O governador abriu o olho.
Fonte: Radar DF