Disparos sob investigação
A pedido do governo, a Polícia Civil do DF investiga quem disparou nas redes de WhatsApp a matéria sobre a viagem do governador Ibaneis Rocha a Lisboa, quando teria chamado a atenção de passageiros na classe executiva da TAP por excesso de vinho.
O ex-advogado-geral da União, Luís Adams, apontado como testemunha do ocorrido, desmente a história. Mas a matéria viralizou. Muita gente recebeu o texto de vários contatos. Ibaneis ficou bastante irritado e promete acionar a Justiça.
Embates do passado
O ex-advogado-geral da União Luís Adams, que estava no voo de Brasília a Lisboa com Ibaneis Rocha, no último domingo, decidiu contestar publicamente a versão que circulou nos últimos dias, publicada em um blog da cidade, de que o governador bebeu muito na viagem a Portugal. Mas os dois não são amigos.
Na presidência da OAB/DF, Ibaneis apresentou em 2013 uma representação na Comissão de Ética Pública da Presidência da República com pedido de advertência a Adams, então advogado-geral da União. O questionamento se referia ao processo de alteração da Lei Orgânica da AGU. Mas a demanda não prosperou.
A versão do Ex-advogado-geral da União
Desde a última quarta-feira (23/04), circula em grupos de WhatsApp uma matéria sobre a viagem do governador Ibaneis Rocha (MDB) na classe executiva do voo da TAP para Lisboa, onde esteve até ontem participando do VII Fórum Jurídico, promovido pelo IDP. A versão é de que Ibaneis bebeu além da conta e provocou constrangimentos entre os passageiros. A história foi desmentida pelo ex-advogado-geral da União Luís Inácio Adams, que viajou de Brasília a Portugal no assento logo atrás do governador. “Isso é uma mentira grosseira. Não gosto de ser envolvido em mentiras”, afirmou Adams ao Correio.
Adams é citado na matéria como uma testemunha do ocorrido. Mas o advogado conta que viu Ibaneis tomando vinho como vários passageiros na sala vip e depois no jantar servido durante o voo, sem qualquer problema. “Faço questão de reparar a verdade. Ele também não estava com um séquito de assessores, como foi dito. Estava acompanhado apenas da chefe de gabinete”, Kaline Gonzaga Costa.
Advogado-geral da União nos governos de Lula e de Dilma Rousseff, entre 2009 e 2016, Adams afirma que não tem nenhum interesse no caso além de esclarecer o que houve. Ele recebeu várias mensagens pelo celular de pessoas que queriam saber o que, de fato, aconteceu no voo. “Não sou o melhor amigo do governador. Não tenho ações contra o governo e nem contratos com o GDF”, acrescentou. “Mas não vi nada de inapropriado. Foi tudo absolutamente normal. Nem vi crise com o comissariado”, acrescentou.
Fonte: Poliglota via Eixo Capital / Correio Braziliense por Ana Maria Campos