Programa permite cuidados em casa e, com desospitalização, otimiza recursos
Luiz Bergamini, 87 anos, tem demência avançada há três anos e sempre foi muito bem cuidado pela esposa e pelos dois filhos em casa. Recentemente, teve uma pneumonia e precisou ficar internado por 15 dias. Com o quadro agravado, à volta para casa ganhou um cuidado a mais – a equipe multiprofissional de atendimento domiciliar.
Atualmente, 900 pacientes são atendidos pelo mesmo serviço, além de outros 1.200 que recebem oxigenoterapia domiciliar. Para ser admitido no Programa de Atenção Domiciliar é preciso observar alguns critérios e o principal deles é estar em estabilidade clínica.
“Para admissão, é necessário que a equipe de assistência do hospital no qual o paciente esteja internado preencha um formulário. Este será encaminhado pelo próprio hospital ao Núcleo Regional de Atenção Domiciliar (Nrad), que avalia se o paciente tem critério para ser acompanhado em domicílio no regime de internação domiciliar”, explica a gerente de Serviços de Atenção Domiciliar, Vanessa Vasconcelos Carvalho.
A internação domiciliar é uma modalidade de atenção substitutiva à internação hospitalar, caracterizada por ações de prevenção e tratamento de doenças, reabilitação, paliação e promoção à saúde, prestadas em domicílio, como forma de garantir a continuidade dos cuidados.
VANTAGENS – As vantagens, para os beneficiados e para a Secretaria de Saúde, com este programa são inúmeras. “Há uma redução da demanda por atendimento hospitalar e maior humanização da atenção à saúde, pois os pacientes poderão estar em seu domicílio, participando da dinâmica do lar e do convívio com seus familiares. Além disso, auxilia também na ampliação da autonomia dos pacientes”, enumera Vanessa Carvalho.
Ela destaca que, com a desospitalização, os recursos financeiros e estruturais da secretaria podem ser utilizados em favor de outros pacientes. “Este programa promove inclusive a ampliação e a equidade do acesso do usuário, além do acolhimento e da integralidade da assistência prestada”, completa a gerente.
EQUIPE – Atualmente, a Secretaria de Saúde conta com 17 equipes multiprofissionais de Atenção Domiciliar, nove equipes multiprofissionais de apoio em funcionamento no Distrito Federal, distribuídos em 11 Núcleos Regionais de Atenção Domiciliar, nas sete regiões de saúde.
A equipe que cuida de Luiz Bergamini é uma delas. O paciente recebe visitas semanais de profissionais que auxiliam a família nos curativos que ele precisa fazer em razão de fissuras abertas por estar tanto tempo deitado, além de coleta de exames e todas as necessidades de saúde que ele tiver naquele momento.
“Cuidamos não só do paciente, mas da família como um todo, não somente com as questões psicológicas, mas com outras demandas de saúde que eles tiverem”, observa a chefe do Nrad do Gama, Jamila Abdelaziz. Por isso, as visitas não duram menos de 40 minutos.
A equipe é formada por Jamila, que é psicóloga, e também por médica, enfermeira, técnicas de enfermagem, nutricionista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, assistente social e um administrativo, totalizando 16 servidores, que atendem, atualmente, 46 pacientes, a maioria idosos e pessoas em cuidados paliativos em razão de câncer.
NOVIDADES – Em dezembro de 2018, o Serviço de Atenção Domiciliar do Distrito Federal foi selecionado para participar do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi/SUS), do Ministério da Saúde.
“Assim, o nosso Serviço de Atenção Domiciliar está participando, até dezembro de 2020, do Projeto Complexidade do Cuidado na Atenção Domiciliar, sendo matriciado pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC). Este projeto permitirá uma melhora da qualificação dos profissionais, a implantação e o desenvolvimento de ações assistenciais antes não realizadas no domicílio, bem como uma melhora no cuidado e assistência aos pacientes por nós oferecidos”, explica Vanessa Carvalho.
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Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde / (61) 2017 1111