O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.

Guilherme Derrite cita efeito ‘Nayib Bukele’ e mira acabar com PCC e CV

Publicado em: 31/10/2025 00:172,1 Min. de Leitura

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O secretário paulista vai se licenciar de seu cargo para voltar à Câmara dos Deputados e relatar o projeto que equipara facções criminosas a terroristas.

O Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Capitão Guilherme Derrite (PP/SP), declarou na noite de quarta-feira (29) sua admiração pelo modelo do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, na luta contra o crime organizado. Ele destacou que é possível usar a mesma fórmula contra as facções do Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV).

“Sendo bem realista, se não desse pra acabar, eu sei que é difícil falar sobre isso, é polêmico. Eu fui criticado quando eu fiz uma comparação e eu não falei sobre os meios pelos quais o presidente Nayib Bukele conseguiu, eu desconheço, eu inclusive pretendo visitar no ano que vem, El Salvador, mas eles conseguiram”, disse Guilherme Derrite em entrevista à CNN.

O país que se encontra na América Central reestabeleceu a paz nas ruas após a forte onda de poder contra o crime organizado, determinada por Bukele, a fim de garantir a segurança da população, que era dominada até mesmo por gangues. As ações, entretanto, tiveram seus custos, como a suspensão do devido processo legal e direitos constitucionais sob a justificativa de emergência, o que levou a um aumento expressivo de prisões em massa e resistência de grupos de direitos humanos.

Presidente de El Slavador, Nayib Bukele.

Presidente de El Slavador, Nayib Bukele.

Guilherme Derrite afirma que não é necessário destruir instituições do Estado Democrático de Direito para combater a criminalidade, apenas que haja legislação adequada.

“A gente não pode permitir que um criminoso seja preso 30 vezes assaltante de carro forte”, cita o secretário Guilherme Derrite.

O secretário paulista vai se licenciar de seu cargo para voltar à Câmara dos Deputados e relatar o projeto que equipara facções criminosas a terroristas.

“Se você fizer uma pesquisa hoje para a população, o que mais a população quer é a força do Estado no sentido de conter as organizações criminosas. E digo mais, quem mais sofre com as organizações criminosas do Brasil é a população que vive nessas comunidades, porque é o Estado paralelo agindo na vacância, na negligência do Estado, esse sim, o Estado que deveria atuar”, finalizou Guilherme Derrite.

Fonte: Diário do Poder