É uma jogada: as pautas das extraordinárias ficam 100% à mercê dos interesses do presidente

O Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, optou por sessões extraordinárias para conseguir que a Câmara produza alguma coisa nas duas semanas que antecedem as eleições. Mas os motivos podem não ser tão nobres.

É que as pautas das reuniões extraordinárias não ficam sujeitas a regras de trancamento por medidas provisórias, mas, com isso, ficam 100% à mercê dos interesses do presidente da Câmara, que coloca o que quiser na pauta. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

O calendário de novembro, divulgado após reunião de líderes, não tinha sessões previstas para antes do 1º turno. Maia enxergou a oportunidade.

O jogo de cena reforça a tentativa do quase ex-presidente, que deu azar com a pandemia e as eleições, de manter o poder pelo máximo de tempo.

Na sexta-feira (30), a convocação da sessão deliberativa extraordinária já havia sido publicada. A pauta inclui “projeto de lei de cabotagem”, criticado pelo deputado.

Fonte: Diário do Poder