Alexandre de Moraes alerta sobre entrevistas de Bolsonaro: ‘Justiça é cega, não tola’
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Ministro do STF adverte que nítida finalidade de continuar condutas de coagir Justiça será punida com prisão.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes reforçou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) terá determinada sua prisão preventiva, caso volte a fazer “instrumentalização de entrevistas ou discursos públicos” como “material pré-fabricado” para redes sociais. Na decisão de quinta-feira (24) na qual adverte que Jair Bolsonaro cometeu “irregularidade isolada”, Moraes reforçou um alerta incisivo de que “a Justiça é cega, mas não é tola!!!!! Assim mesmo, com cinco pontos de exclamação”.

Alexandre de Moraes
Alexandre de Moraes afirma não ter proibido entrevistas, mas adverte que segue vedado o reiterado uso das redes sociais para reforçar as condutas atribuídas ao ex-presidente e ao seu filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) de incitação “chefe de Estado estrangeiro”, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a impor sanções ao Brasil como forma de interferir na ação penal na qual o ex-chefe do governo brasileiro é réu acusado de crimes em suposta “tentativa de golpe”.
“[…] A justiça é cega mais [sic] não é tola!!!!! Em outras palavras, será considerado burla à proibição imposta a Bolsonaro, à replicação de conteúdo de entrevista ou de discursos públicos ou privados reiterando as mesmas afirmações caracterizadoras das infrações penais que ensejaram a imposição das medidas cautelares, para que, posteriormente, por meio de ‘milícias digitais’, ou mesmo apoiadores políticos, ou ainda, por outros investigados, em patente coordenação, ocorra a divulgação do conteúdo ilícito previamente elaborado especialmente para ampliar a desinformação nas redes sociais”, disse a decisão de Alexandre de Moraes.
Fonte: Diário do Poder