Deputado Filipe Barros (PL/PR), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

Alexandre de Moraes torna réu Deputado Filipe Barros (PL/PR), crítico de suas decisões

Publicado em: 29/07/2025 00:112,3 Min. de Leitura

Compartilhar

Filipe Barros afirma que “não passam de ficção” alegações contra sua missão oficial aos EUA.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu tornar réu o deputado federal Filipe Barros (PL/PR) no inquérito que investiga suposto “crime contra a soberania”. O parlamentar, um crítico das decisões de Moraes, é o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados e, nessa condição, esteve em missão oficial aos Estados Unidos e, na companhia do também deputado Eduardo Bolsonaro (PL/SP), exilado naquele país, visitou autoridades americanas.

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é investigado por supostamente atuar com o governo americano contra o Judiciário brasileiro. Filipe Barros foi incluído no mesmo inquérito. Ele reagiu em nota esclarecendo a missão oficial que fez aos EUA, autorizado pelo presidente da Câmara, e criticou a decisão do ministro:

“Vincular a missão oficial a sanções econômicas resultantes do alinhamento de Lula a autocracias do Eixo do Mal não passa de ficção para tentar destruir a reputação do meu trabalho no comando da CREDN.”

Alexandre de Moraes deferiu uma notícia-crime contra Filipe Barros (PL/PR), que tramita no STF, alegando que o deputado foi aos Estados Unidos discutir sanções contra autoridades brasileiras. Em maio de 2025, o deputado participou de missão oficial, quando se reuniu com Eduardo Bolsonaro e o congressista norte-americano Cory Mills, presidente do Subcomitê de Inteligência e Segurança Nacional da Câmara dos EUA.

“Tais encontros tiveram como objetivo discutir sanções contra o Excelentíssimo Ministro Alexandre de Moraes, integrante deste Egrégio Supremo Tribunal Federal (STF), sob a alegação de suposta ‘censura generalizada’ no Brasil”, traz a notícia-crime.

O deputado reagiu em nota:

“Embora até o momento não tenha sido citado formalmente no inquérito em questão, esclareço que fui aos Estados Unidos em missão oficial da Câmara dos Deputados autorizada pela Presidência da Casa.

Reuni-me oficialmente com meu homólogo presidente do Comitê de Relações Exteriores e presidente do Subcomitê de Inteligência da Câmara dos Representantes.

Aliás, tratou-se da primeira vez que o presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados do Brasil foi recebido formalmente pelo Congresso Americano.

Vincular a missão oficial a sanções econômicas resultantes do alinhamento de Lula a autocracias do Eixo do Mal não passa de ficção para tentar destruir a reputação do meu trabalho no comando da CREDN.”

Fonte: Diário do Poder