Senador Rogério Marinho (PL/RN) com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, na sessão de 9 de Dezembro.

Câmara aprova dosimetria e Davi Alcolubre confirma votação no Senado ainda este ano.

Publicado em: 11/12/2025 00:172 Min. de Leitura

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Projeto reduz penas dos condenados pelo badernaço de 8 de Janeiro e pelo suposto “golpe”

Após muita confusão, os deputados federais aprovaram pelas 2h30 da madrugada de quarta-feira (10) o texto-base do projeto de lei que reduz as penas dos presos pelo badernaço de 8 de Janeiro, em decisão que poderá também beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por suposta “tentativa de golpe”. Ainda na terça (9), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil/AP), anunciou que pautará a votação do projeto este ano, a fim de que seja remetido para sanção presidencial:

“Acho que nós temos que buscar um meio termo para modernizarmos a legislação, para melhorarmos, para suprirmos as lacunas estabelecidas na lei, de crime contra o Estado democrático de direito”, disse ele Davi Alcolumbre (União Brasil/AP).

“Eu fiz um compromisso com os líderes, comigo mesmo e com Vossas Excelências, com o Senado Federal, mas, sobretudo, com o Brasil, de que, se a Câmara dos Deputados deliberasse esse assunto, o Senado Federal o deliberaria, porque esse assunto se iniciou na Câmara dos Deputados”, disse ele, em resposta a questionamento do senador Marcos Rogério (PL/RR).

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), no entanto, não abre mão de avaliar a proposta, segundo afirmou seu presidente, senador lulista Otto Alencar (PSD/BA), deixando claro que não pretende colaborar com a expectativa de que os condenados pelo 8 de Janeiro passem o Natal com suas famílias.

“Não é possível que não passe na Comissão de Constituição e Justiça. Esse projeto está lá na Câmara dos Deputados há meses sem deliberar. Quando chegar à CCJ, encaminha, vai designar relator, o relator vai dar parecer, discutir e deliberar. Se V. Exa. encaminhar para lá e chegar amanhã, amanhã mesmo vou designar o relator para discutir o tema”, argumentou Otto Alencar (PSD/BA), lembrando que a última reunião da comissão será remota e que não se pode votar a matéria remotamente.

Bolsonaro e seus aliados defendiam a anistia, mas a proposta aprovada na Câmara não trata da anulação das condenações, e sim da redução das penas.

Fonte: Diário do Poder