
Alfredo Gaspar (União Brasil/AL), expõe reunião do governo Lula, incluindo o ministro Wolney Queiroz (Previdência) e o lobista Careca do INSS.
Com “Careca do INSS” (calado), relator Alfredo Gaspar (União Brasil/AL) da CPMI transforma 150 perguntas em libelo acusatório do roubo
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Deputado Alfredo Gaspar (União Brasil/AL), relator da CPMI do INSS.
Alfredo Gaspar (União Brasil/AL) lavou a alma de mais de 9 milhões de idosos roubados e expõe reunião do governo Lula, incluindo o Ministro Wolney Queiroz (Previdência) e o lobista “Careca do INSS” .
Diante da recusa do “Careca do INSS” de responder a seus questionamentos, o relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil/AL), transformou suas 150 perguntas em autêntico libelo acusatório, usando sua experiência na atuação de investigações como procurador, ex-chefe do Ministério Público Estadual e secretário de Segurança de Alagoas. Durante 50 minutos, Alfredo Gaspar (União Brasil/AL) fez um resumo das acusações sob investigação de envolvimento de Antônio Carlos Camilo Antunes no impressionante roubo a 9 milhões de aposentados e pensionistas, estimado inicialmente estimado em R$ 6,3 bilhões. Assim como abriu sua exposição chamando Antunes de “ladrão”, o relator concluiu sua exposição afirmando que ladrão de velhinhos do INSS não merece perdão; ao contrário, mereceria prisão perpétua ou pena de morte, caso fossem punições previstas na legislação penal brasileira.
O relator inquiriu o Careca do INSS, por exemplo, sobre os parlamentares, ministros e servidores públicos o empresário visitou e quando foi montada a estrutura criminosa montada na Previdência e se o empresário contou com aval de agentes públicos “para meter a mão no dinheiro de aposentados”.

Deputado Alfredo Gaspar (União Brasil/AL), relator da CPMI do INSS.
Alfredo Gaspar (União Brasil/AL) apresentou uma foto em que o “Careca do INSS” aparece na companhia de diretores do INSS e do atual ministro da Previdência, Wolney Queiroz. Na ocasião, em Janeiro de 2023, Wolney Queiroz era secretário-executivo da pasta.
- Eu fico imaginando o senhor distribuindo brindes de milhões de reais a funcionários corruptos da Previdência Social. Fico me perguntando quanto essa turma recebeu do senhor, do dinheiro roubado dos aposentados e pensionistas, disse Alfredo Gaspar (União Brasil/AL).
O relator quis saber ainda se o “Careca do INSS” obteve informações prévias sobre a operação “Sem Desconto” da Polícia Federal, que revelou o esquema criminoso. O deputado pediu informações sobre o “crescimento patrimonial espetacular” que o depoente registrou entre abril e junho de 2004. Mas o lobista permaneceu em silêncio.
Referindo-se a Antônio Carlos Camilo Antunes como “quadrilheiro”, o relator disse que o depoente é “o autor do maior roubo aos aposentados e pensionistas da história do Brasil”. Ele disse que o “Careca do INSS” vai ser condenado e preso pelos crimes que cometeu.
- Quantas vezes o senhor confiou nos padrinhos poderosos, pensando que a impunidade ia ser a marca da sua vida? Hoje, o senhor está arrogante e prepotente. Mas em breve o senhor enfrentará o sistema prisional. O senhor hoje é um arquivo vivo, que, para alguns, vale muito mais morto do que vivo. Engana-se pensando que está protegido. Não vai tardar o dia em que o senhor estará numa cela, e seus amigos vão lhe tratar como uma doença contagiosa e infecciosa, disse Alfredo Gaspar (União Brasil/AL).

Deputado Alfredo Gaspar (União Brasil/AL), relator da CPMI do INSS.
Careca no xilindró
Antônio Carlos Camilo Antunes está preso preventivamente desde 12 de setembro. Beneficiado por um habeas corpus do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), o “Careca do INSS” está desobrigado de prestar o compromisso de dizer a verdade.
Antes dos questionamentos do relator, o depoente fez um breve pronunciamento à CPMI. Ele classificou a prisão preventiva como “uma medida extremamente grave, baseada em premissa absolutamente equivocada”.
O empresário disse que as denúncias contra ele foram motivadas por “mentira, inveja e calúnia” de um antigo parceiro comercial “insatisfeito após reiteradas de extorsão frustradas”. Ele admitiu que uma de suas empresas prestou serviços a entidades responsáveis pelos descontos irregulares nas aposentadorias. Mas negou participação no esquema.
Fonte: Diário do Poder