CPMI quer convocar esposa, filho e sócios do Careca do INSS
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CPMI anuncia convocação de esposa, filho e sócios de Careca do INSS. Careca do INSS faltou ao depoimento na CPMI marcado para esta segunda-feira (15).
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga denúncias de desvio de aposentadorias e pensões do INSS se reúne na terça-feira (16), em sessão extraordinária, para votar a convocação de pessoas próximas a Antônio Carlos Camilo, conhecido como Careca do INSS.

Presidente da CPMI avalia que lobista preso ensaiou depor e desistiu para alertar que pode denunciar sócios e padrinhos.
Antônio Carlos Camilo era aguardado para oitiva no colegiado nesta segunda-feira, com confirmação da defesa o investigado no esquema revelado pela Polícia Federal. No entanto, o Careca do INSS desistiu de comparecer, o que acabou cancelando a sessão de hoje da CPMI e irritando os parlamentares.
Com a ausência do Careca do INSS, a CPMI deve avançar sobre o núcleo mais próximo dele e vota amanhã a convocação de Tânia Carvalho dos Santos (esposa), Romeu Carvalho Antunes (filho), Rubens Oliveira Costa (sócio), Milton Salvador de Almeida Júnior (sócio), Cecília Montalvão (esposa de Maurício Camisotti também preso pela PF na operação de sexta-feira, 12) e Nelson Willian, advogado alvo da PF na operação da última semana.
De acordo com o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos/MG), houve consenso entre governistas e oposição para a votação e oitiva ainda nesta semana.
“É uma resposta que a CPMI quer dar claramente a falta de seriedade do advogado da defesa de Antônio Carlos Camilo em relação ao acordo que foi feito conosco”, disse o parlamentar durante coletiva de imprensa no Senado.
Carlos Viana (Podemos/MG) disse ainda que a esposa de Antônio Carlos Camilo é sócia dele em diversos negócios e não estava inicialmente na lista de convocados, mas, diante da negativa de oitiva, ela e o filho serão ouvidos pela comissão. A oposição também reagiu.
“A CPI demonstra que está fazendo um trabalho sério e não pode ser desrespeitada por quem quer que seja. A Comissão não pode ser instrumento desse tipo de jogada feita por advogados, investigados ou testemunhas“, declarou o deputado Marcel Van Hattem (Novo/RS).
Fonte: Diário do Poder