Governador da Bahia Jerônimo Rodrigues do PT sugere ‘levar para vala’ Jair Bolsonaro e eleitores

Publicado em: 06/05/2025 00:172,8 Min. de Leitura

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Presidente Lula e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues. Expressão usada pelo governador designa local de desova de corpos

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu na segunda-feira (5) ao ato de violência política de que foi alvo, diante do ataque público feito pelo governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), que sugeriu “levar para a vala” o ex-chefe do governo brasileiro e seus eleitores. O ato de violência política do governador aliado do presidente Lula (PT) foi filmado, na última sexta-feira (2), na inauguração de um Colégio Estadual no distrito de Soares, em América Dourada (BA).

“Tivemos um presidente que sorria daqueles que estavam na pandemia sentindo falta de ar. Ele Bolsonaro vai pagar essa conta dele e quem votou nele podia pagar também a conta. Fazia no pacote. Bota uma ‘enchedeira’. Sabe o que é uma ‘enchedeira’? Uma retroescavadeira. Bota e leva tudo pra vala. Porque não é digno”, atacou o governador petista.

Bolsonaro reagiu ao que chamou de “Discurso de ódio que pode: Quando o sistema escolhe seus alvos”, criticando o silêncio e conivência das instituições como a Polícia Federal (PF) e o Supremo Tribunal Federal (STF) ao discurso carregado de ódio. E afirmou que, em qualquer cenário civilizado, tal ataque deveria gerar repúdio imediato e ações institucionais firmes.

“Mas nada aconteceu. Não houve abertura de inquérito, nem busca e apreensão, tampouco convocação da Polícia Federal para apurar incitação à violência. Nenhuma nota de determinado do STF, nenhuma indignação de determinado ministro que se diz fervoroso interessado no assunto, nenhuma capa de jornal tratando o caso como ‘ameaça à democracia’. Ao contrário: silêncio, cumplicidade ou até aplausos discretos dos mesmos que se dizem guardiões do Estado de Direito”, escreveu Bolsonaro, na rede social X.

Ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ex-presidente Jair Bolsonaro.

‘Barbárie com verniz progressista’

O ex-presidente sugeriu que o tratamento seria diferente, com manchete, prisão, e processo por “discurso golpista” e “incitação ao ódio”, se em vez do governador de esquerda, fosse um bolsonarista dizendo algo remotamente parecido, ou com a palavra “vala” em qualquer contexto.

“Só há crime quando convém ao sistema, só há repressão quando o alvo é a oposição. Esse tipo de discurso, vindo de uma autoridade de Estado, não apenas normaliza o ódio como incentiva o pior: A violência política, o assassinato moral e até físico de quem pensa diferente. É a institucionalização da barbárie com o verniz de “liberdade de expressão progressista”, concluiu o ex-presidente.

Em sua postagem na rede social, Bolsonaro questiona o que mais pode ser permitido, quando se consente que se deseje a morte de opositores impunemente, sob a conivência de quem deveria conter o extremismo, e não o alimentar.

“A verdadeira ameaça à democracia não está em frases de WhatsApp ou em manifestações populares. Está no alto da cadeia de poder, onde os que gritam por ‘tolerância’ e ‘combate às fake news’ são os mesmos que, na prática, incitam o ódio, mentem descaradamente e permanecem blindados por um sistema que escolheu lado”, protestou Bolsonaro.

Assista: Aqui

Fonte: Diário do Poder