A atuação conjunta assegura mais agilidade nas cirurgias eletivas e no tratamento oncológico de pacientes do DF e Entorno.

O governador Ibaneis Rocha participou na terça-feira (21) de um almoço com representantes do Sindicato Brasiliense de Hospitais, Casas de Saúde e Clínicas (SBH), realizado no Núcleo Bandeirante. O encontro teve como objetivo reforçar as ações conjuntas entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e o setor privado de saúde para garantir melhor atendimento à população do DF e do Entorno.

Segundo Ibaneis Rocha, a cooperação entre o poder público e a iniciativa privada é essencial:

“Eu sempre tive a mentalidade de que precisamos viver de parcerias. Ninguém faz nada sozinho. A população do Distrito Federal cresceu muito, o Entorno cresceu muito. Uma pesquisa recente do IGESDF – Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF mostrou que 65% dos partos do Hospital de Santa Maria e do Hospital do Gama são de pessoas do Entorno. Estamos cuidando de quase 6 milhões de pessoas 2,8 milhões delas do Entorno”.

O governador destacou que a colaboração com a rede suplementar tem sido fundamental para ampliar o acesso aos serviços de saúde. Ele mencionou iniciativas como cirurgias eletivas, a disponibilização de leitos adicionais e o credenciamento de clínicas e hospitais para o tratamento de pacientes oncológicos por meio do programa “O câncer não espera. O GDF também não.”

“Durante a pandemia, fizemos inúmeras reuniões com o setor privado para salvar a população do Distrito Federal. Sobrevivemos e agora seguimos ampliando as parcerias com a iniciativa privada para garantir qualidade no atendimento”, lembrou Ibaneis Rocha.

“Na oncologia, reduzimos o tempo de espera de 85 dias para apenas 9. Também contratamos hospitais privados para realizar cirurgias eletivas. Vamos começar com 15 mil e queremos chegar a 30 mil cirurgias até o ano que vem, desafogando o sistema”.

Atualmente, a rede suplementar oferece 233 leitos de UTI credenciados, que se somam aos 433 da rede pública, fortalecendo o atendimento hospitalar. O governo também implementou um plano de saúde voltado aos servidores públicos, beneficiando 105 mil pessoas.

A superintendente do SBH, Danielle Feitosa, ressaltou o trabalho conjunto entre o setor público e privado, especialmente nos momentos de crise sanitária:

“Passamos por momentos difíceis nesses quase oito anos. Tivemos uma pandemia de covid-19 sem precedentes e, graças ao GDF, estamos aqui para contar essa história. Foi com muita gratidão e com muito trabalho que também depois passamos por uma endemia de dengue. Também não foi fácil para a nossa cidade, mas tivemos os empresários do ramo da saúde que estão ali no dia a dia, fazendo a diferença para a população do Distrito Federal e Entorno”, afirmou.

“Espero que possamos seguir e trilhar novos caminhos. Ainda temos muitas coisas pela frente”.

Investimentos e expansão da rede pública

Somente em 2025, o GDF destinou R$ 524,17 milhões à construção dos hospitais do Recanto das Emas e do Guará, à reforma de cinco unidades existentes e à implantação de cinco UBS’s, sete UPA’s e dois CAP’s.

Entre 2019 e 2024, o governo investiu R$ 48,4 bilhões na área da saúde, priorizando a melhoria da infraestrutura, a contratação de profissionais e a compra de equipamentos. Esses recursos permitiram aumentar o número de cirurgias, enfrentar a pandemia de COVID 19 e construir novas unidades, como 12 UBS’s, sete UPA’s, três hospitais de campanha (no Autódromo, no Bezerrão e na Escola Anísio Teixeira), além de dois hospitais acoplados (em Samambaia e Ceilândia) e o Hospital Cidade do Sol, que hoje serve de retaguarda para o Hospital de Base, o Hospital Regional de Santa Maria e as UPA’s.

Esses investimentos acompanham o crescimento populacional do DF, que atingiu 2,9 milhões de habitantes em 2025, segundo o IBGE. O orçamento da saúde também acompanhou esse ritmo, passando de R$ 7,66 bilhões em 2019 para R$ 13,1 bilhões em 2025, um aumento de 70,9%.

Sobre o sindicato

Criado em 26 de janeiro de 1989, o Sindicato Brasiliense de Hospitais, Casas de Saúde e Clínicas (SBH) representa o setor empresarial da saúde suplementar do Distrito Federal. Atualmente, reúne mais de 23 mil empresas, responsáveis por cerca de 140 mil empregos formais.

Fonte: Diário do Poder