O BRB pretende comprar 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais do Banco Master.

Justiça libera compra do Banco Master pelo BRB, ao cassar liminar

Publicado em: 12/05/2025 00:171,9 Min. de Leitura

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Aquisição depende de aprovação do Banco Central e do CADE. O BRB pretende comprar 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais do Banco Master.

A Justiça autorizou a assinatura do contrato de compra definitiva do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), por R$ 2 bilhões. A decisão de sexta-feira (9) foi do desembargador João Egmont Leoncio Lopes, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), que derrubou a decisão de primeira instância que impedia a negociação conduzida pelo banco público do Distrito Federal.

O magistrado atendeu aos recursos do BRB e do governo distrital para derrubar a decisão individual do Juiz Carlos Fernando Fecchio dos Santos, da 1ª Vara da Fazenda Pública, que proibiu o fechamento do contrato.

Nas decisões, o desembargador afirmou que a compra do Banco Master ainda depende de aprovação do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Dessa forma, não há urgência que justifique a concessão de uma liminar para barrar a compra.

“Inexiste urgência concreta, porquanto a assinatura do contrato ainda não é iminente, já que a operação depende de aprovação prévia do Bacen e do CADE”, afirmou João Egmont Leoncio Lopes.

Em março deste ano, o BRB anunciou a intenção de comprar o Banco Master. O BRB ficaria com 58% do capital total e 49% das ações ordinárias do Master. A operação depende de autorização do Banco Central.

Negócio polêmico

O negócio é polêmico porque o Banco Master tem uma política agressiva para captar recursos, oferecendo rendimentos de até 140% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) a quem compra papéis da instituição financeira, bastante superiores às taxas médias para bancos pequenos, em torno de 110% a 120% do CDI.

O Master também enfrenta a desconfiança do mercado financeiro. Recentemente, a instituição financeira tentou uma emissão de títulos em dólares, mas não conseguiu captar recursos. Operações do banco com precatórios, títulos de dívidas de governos com sentença judicial definitiva também aumentaram dúvidas sobre a situação financeira da instituição.

Fonte: Agência Brasil