Presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos/MG).

Mais um habeas corpus maroto e atestado de doença fake cancelam sessão da CPMI

Publicado em: 17/11/2025 16:211,5 Min. de Leitura

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Presidente da comissão ressalta que nenhuma manobra, ausência ou protelação irá impedir o avanço das investigações.

A reunião desta segunda-feira (17) que interrogaria suspeitos de roubar aposentados e pensionistas foi cancelada pelo presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos/MG), após investigados recorrerem à proteção do Supremo Tribunal Federal (STF) e a um atestado médico, para deixar de comparecer para os depoimentos.

O empresário Thiago Schettini obteve um habeas corpus do Supremo e o ex-coordenador de Pagamentos e Benefícios do INSS, Jucimar Fonseca da Silva, apresentou atestado. O presidente da CPMI detalhou que a garantia do STF que deu direito de Thiago Schettini não comparecer motivou o investigado e informar que não irá depor. E disse que o investigado Jucimar Fonseca da Silva teve a alegação de impossibilidade de prestar depoimento avaliada pela junta médica do Senado Federal, que concluiu que ele possui plena condição de depor.

“Diante disso, a CPMI poderá insistir em sua oitiva em momento oportuno. Reitero que nenhuma manobra, ausência ou protelação irá impedir o avanço das investigações. Esta Comissão seguirá firme, comprometida e determinada a expor toda a verdade sobre o maior escândalo contra aposentados, viúvas e órfãos do Brasil”, disse o senador Carlos Viana, em comunicado.

Jucimar Fonseca da Silva foi alvo de 11 requerimentos de convocação, sendo apontado como ocupante de “posição nevrálgica” na engrenagem que permitiu os descontos ilegais em benefícios de aposentados e pensionistas.

E Thiago Schettini, foi convocado por quatro requerimentos, apontado como “facilitador” no esquema, recebendo recursos de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, também investigado pelo escândalo de desvio de R$ 6,3 bilhões dos beneficiários.

Fonte: Diário do Poder