Ofuscado por Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso pode deixar STF por embaixada
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Presidente do Supremo ocuparia embaixadas de Roma ou Paris, facilitando rentáveis eventos acadêmicos na área do Direito.
Autor da provocação “perdeu, Mané” relacionada à derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, pode deixar seu cargo vitalício e ingressar na diplomacia em uma embaixada na Europa. A renúncia de Luís Roberto Barroso é negada pelo ministro. Mas estaria prevista para ocorrer após ele transferir a Presidência do STF ao Ministro Edson Fachin, em setembro.
A renúncia estaria relacionada à perda do protagonismo de Luís Roberto Barroso para o ministro Alexandre de Moraes, na cúpula da Justiça do Brasil, chamada de “Tribunal de Moraes” pelo governo dos Estados Unidos. E resultaria em ganhos para o presidente Lula, porque abriria espaço para indicar mais um ministro “petista” para a vaga aberta no Supremo.
O isolamento de Luís Roberto Barroso diante das reações da oposição ao STF provocou uma crise perfeita para os anseios do ministro por mais holofotes em palestras internacionais. Os prováveis destinos de Luís Roberto Barroso na Europa seriam embaixadas de Roma ou Paris, o que garantiria participação em rentáveis eventos acadêmicos na área do Direito.
A mudança de carreira agrada o ministro, porque ele teve seu visto cassado para ingressar nos Estados Unidos em medida de pressão política do presidente Donald Trump contra o que este chamou de “perseguição judicial” a Jair Bolsonaro. A sanção inviabilizou suas constantes idas ao país norte-americano, onde costumava ficar em um apartamento registrado em nome da empresa de sua família, em Miami.
Entre os cotados para suceder a Luís Roberto Barroso em uma terceira nomeação neste mandato de Lula estão o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG); e o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Carvalho.
Além de Cristiano Zanin e Flávio Dino, empossados em 2024, Lula indicou sou Supremo Carmen Lúcia (2016) e Dias Toffoli (2009), somando quatro dos 11 ministros atuais. Sem contar com indicados pela ex-presidente petista Dilma Rousseff: Além do próprio Luís Roberto Barroso, em 2013, o ministro Luiz Fux (2011) e Edson Fachin (2015).
Fonte: Diário do Poder