Pasta do Ministério do Trabalho de Luiz Marinho (PT) turbina ‘convênios’ milionários com ONG’s
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Valor saltou de R$ 25 milhões para R$ 132 milhões em um ano
O Ministério do Trabalho quintuplicou, em 2024, o valor de convênios com organizações não governamentais (ONGs), passando de R$ 25 milhões em 2023 para R$ 132 milhões, em sua maioria financiados por emendas parlamentares. Entre as ONG’s mais beneficiadas está uma organização ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, de onde o atual Ministro, Luiz Marinho (PT), surgiu no meio político.

Ministério do Trabalho de Luiz Marinho (PT)
A Unisol (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários do Brasil) foi terceira entidade com maior número de contratos com o Ministério do Trabalho na atual gestão. A ONG fechou R$ 17,6 milhões em parcerias, segundo informa a Folha. Nas últimas gestões, a ONG nunca teve projetos em valores que ultrapassasse R$ 4,2 milhões ao ano.
Os valores atuais da Unisol foram alcançados após eles firmarem um contrato de R$ 15,8 milhões para atuar em Roraima, incluindo ações na terra indígena Yanomami. Outras duas organizações com altos repasses enfrentam questionamentos.
O Instituto de Políticas Públicas Brasil Digital, líder em valores contratados (R$ 36,1 milhões), é alvo de investigação da Controladoria-Geral da União (CGU), que apontou suspeitas de fraudes e prejuízo de pelo menos R$ 1,6 milhão. A CGU também criticou a fragilidade dos mecanismos de fiscalização do ministério. Os repasses ao instituto estão suspensos.

Ministério do Trabalho de Luiz Marinho (PT)
Já o Instituto Brasileiro de Cidadania e Ação Social, segundo na lista (R$ 25,9 milhões), foi declarado inidôneo após avaliação da CGU e está impedido de firmar novos contratos com o governo. Os pagamentos estão congelados até que a entidade regularize sua situação.
O Ministério do Trabalho defendeu os convênios, afirmando que seguem critérios técnicos, como chamadas públicas com bancas especializadas, e destacou que a maior parte dos recursos é destinada por emendas impositivas, com escolha das entidades feita pelos próprios parlamentares.
Fonte: Diário do Poder