Presidente do INSS Alessandro Stefanutto é afastado após esquema de corrupção de R$ 6,3 bilhões por investigação da PF

Publicado em: 24/04/2025 00:111,6 Min. de Leitura

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Operação Sem Desconto afastou Alessandro Stefanutto, presidente do INSS. Investigação com a CGU gerou megaoperação para prender e afastar seis servidores e bloquear mais de R$ 1 bilhão em bens.

Um esquema nacional com entidades que descontaram R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas do INSS desde 2019 resultou no afastamento do presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, na quarta (23), quando quase 800 agentes da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) foram às ruas de 13 estados e do Distrito Federal.

A Operação Sem Desconto foi deflagrada para prender seis pessoas e afastar seis servidores do INSS suspeitos; além de sequestrar R$ 1 bilhão em bens e cumprir 211 mandados de busca e apreensão.

Polícia Federal e CGU fizeram buscas em entidades que descontavam mensalidades de pensões e aposentadorias.

Polícia Federal e CGU fizeram buscas em entidades que descontavam mensalidades de pensões e aposentadorias.

A megaoperação combate seis tipos de crimes cometidos por meio de entidades que faziam descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões de brasileiros. E ocorre no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.

“As investigações identificaram a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Até o momento, as entidades cobraram de aposentados e pensionistas o valor estimado de R$ 6,3 bilhões, no período entre 2019 e 2024”, detalharam a PF e a CGU.

Os alvos da Operação Sem Desconto podem responder pelos crimes de corrupção ativa, passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais.

Fonte: Diário do Poder