Ufa! Finalmente, a tensão entre a família Bolsonaro e Pablo Marçal parece ter sido amenizada. Carlos Bolsonaro e o governador Tarcísio de Freitas pediram desculpas a Marçal. O que começou como uma série de ataques e acusações se transformou em uma súbita tentativa de reconciliação.
Tarcísio, que anteriormente incentivou o voto nulo entre Pablo Marçal e Guilherme Boulos, agora busca reparar o estrago. Bolsonaro, percebendo que seu ataque frontal não surtia efeito, até convidou Marçal para subir no caminhão da Avenida Paulista no dia 7 de Setembro. A paz, ao que parece, retornou ao movimento conservador brasileiro.
- No entanto, essa reaproximação levanta uma questão inquietante: será que a família Bolsonaro teria agido da mesma forma se Pablo Marçal não estivesse com uma performance destacada nas pesquisas?
- Se Marçal estivesse com apenas 3% de intenções de voto, teriam se preocupado em pedir desculpas ou até mesmo convidá-lo para eventos importantes?
- E se sua candidatura tivesse sido impugnada, teriam mostrado o mesmo interesse?
O que fica evidente é a flexibilidade dos princípios políticos em resposta a desafios e oportunidades. A família Bolsonaro, em sua tentativa de cancelar Marçal, acabou colocando na berlinda vários aliados e influenciadores, como Kim Pain, Paulo Figueiredo, e o próprio Tarcísio de Freitas.
Estes, junto com outros, foram envolvidos em uma campanha de desinformação e ataques, tentando associar Marçal a práticas criminosas e a alianças duvidosas. Desde acusações de tráfico de drogas até a relação com facções criminosas, o comportamento foi idêntico ao discurso de ataques da esquerda.
- Agora, com a tentativa de reconciliação, a pergunta que se impõe é: Qual é a verdadeira motivação por trás desse movimento repentino?
A lição que fica é que, na política, a coerência e a integridade são frequentemente sacrificadas em nome dos interesses momentâneos.
A reaproximação da família Bolsonaro com Pablo Marçal, após uma série de ataques e acusações, destaca a fragilidade dos princípios políticos diante das conveniências e pressões do cenário atual. O verdadeiro teste para qualquer líder é manter-se firme em seus princípios, independentemente das mudanças e pressões externas.
Podemos concluir que, a política pode ser uma arena onde a consistência é rara e a manipulação frequente. Os eleitores devem permanecer vigilantes, avaliando não apenas as ações presentes, mas também a consistência e a integridade das lideranças em todo o cenário político.
Opinião:
O comportamento da família Bolsonaro não só foi uma imposição autoritária, mas também refletiu uma tentativa de eliminar um candidato que se destacou no movimento. As comparações com a forma como a esquerda ataca os adversários são inevitáveis. Assim como a esquerda tenta manchar a imagem de seus opositores, a família Bolsonaro fez o mesmo com Marçal, algo que não condiz com os princípios de um movimento que se diz conservador.
Na política, onde o jogo é muitas vezes sujo e cheio de contradições, as verdadeiras intenções e alianças acabam por se revelar com o tempo. Pablo Marçal ainda precisa provar de que lado realmente está, se na tradicional política da politicagem ou na política que busca preservar e zelar pelos princípios conservadores. Independentemente disso, a forma como ele foi tratado mostra que as disputas políticas no Brasil muitas vezes seguem padrões de perseguição e ataques que são, no fundo, reflexos das práticas mais deploráveis da política tradicional.
Fonte: Jornal da Cidade Online