Passo Fundo recebe na noite desta segunda-feira (20) a Frente Parlamentar Mista da Reforma Tributária da Câmara dos Deputados. A audiência pública debate a desoneração do consumo, redução da tributação e o aumento das alíquotas de renda.
A reunião será realizada no auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Passo Fundo. Ela foi solicitada pelo diretor da faculdade, Edmar Vianei Marques Daudt, e pelo professor em Direito Tributário do curso de Direito, vereador Marcio Patussi. O governo Federal já manifestou que pretende apresentar um projeto de reforma tributária para o país após a aprovação da Previdência.
Em entrevista à Uirapuru, o deputado federal Ronaldo Santini (PTB), que representa a Frente Parlamentar no Rio Grande do Sul, disse que dentre as reformas propostas pela presidência da República esta talvez seja a mais importante. É ela que vai para devolver às pessoas o poder de compra, por meio da desonerando da produção e do consumo final. A ideia é corrigir também a tabela de imposto de renda, que hoje penaliza muitos trabalhadores.
Santini frisou que estas mudanças só serão possíveis se aqueles que geram emprego, que produzem e pagam impostos forem ouvidos e esse foi objetivo da audiência. Ressaltou que chegamos ao absurdo de 33 novas normas tributárias editadas por dia. O deputado afirmou que a Frente Parlamentar não quer que a reforma Tributária se torne uma reforma de gabinete, que atenda tão somente o setor econômico do governo.
O deputado federal Luis Miranda (DEM/DF) destacou que a Reforma Tributária deveria ter acontecido em 1992. Ressaltou que empreender no Brasil é sempre um caos, sendo que a carga tributária absurda sobre o consumo inviabiliza qualquer negócio. Salientou ainda que o Brasil possui um dos sistemas mais burocráticos e complexos do mundo. Miranda reafirmou que, diferente de outras propostas, a ideia da Frente Parlamentar é exonerar a carga tributária no consumo, aumentando as vendas, o crescimento econômico, gerando mais empregos e, automaticamente, fomentando o consumo. Isso cria um ciclo vicioso, fazendo o Brasil crescer como qualquer outro país de primeiro mundo.
Fonte: Rádio AM/FM Uirapuru