Inquérito no STF apura esquema milionário delatado por Joesley Batista para eleições em 2014
A Polícia Federal entregou ontem (5) ao governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), uma intimação determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, para depor no inquérito que investiga o repasse de R$ 1,2 milhão em suposta propina doada para a campanha eleitoral de 2014 do emedebista ao governo de Alagoas. Dos 27 governadores, apenas dois Renan Filho e Helder Barbalho, do MBD do Pará estão sendo investigados no inquérito.
A investigação é fruto da delação do ex-executivo da J&F, Ricardo Saud, que revelou o esquema envolvendo o governador. De acordo com o Jornal Nacional, Renan Filho foi intimado por uma equipe da Polícia Federal (PF) nas primeiras horas dessa terça-feira. A informação foi reforçada por vizinhos do governador. Eles relataram à imprensa que os agentes foram até a casa de Renan Filho e entregaram a intimação.
Conforme o delator, o dinheiro usado como propina da J&F foi empregado diretamente na campanha de Renan Filho. “(…) Foi enviado um milhão para o MDB de Alagoas, carimbado para o Renan Filho”, diz um trecho da delação do ex-executivo, Ricardo Saud, aos procuradores da Lava Jato.
Em outro caso envolvendo o governador de Alagoas, delatores da Odebrecht indicam supostos recebimentos de propina de 2,25% do total do contrato de empreiteiras que executam a obra do Canal do Sertão Alagoano; um repasse de R$ 500 mil em dinheiro, entregues em um hotel de Maceió.
O Diário do Poder fez contato com a assessoria de Renan Filho para obter o posicionamento do governador sobre a intimação e o inquérito. E aguarda uma resposta.
Fonte: Diário do Poder