Enquanto muitos se apegam a resultados de pesquisas eleitorais feitas apontando Lula até mesmo vencendo em 1º turno, o bom senso prevê adoção de cautela por dois motivos, o principal deles sendo o impacto do novo Auxílio Brasil na decisão do eleitor. Os gastos previstos com o programa este ano podem chegar a R$ 96 bilhões, mais de três vezes o valor destinado ao Bolsa Família em 2020, sem o auxílio emergencial.
Primeira grande diferença
A elevação do valor mínimo do benefício para R$400 equivale, por si só, em mais de 100% no valor médio que cada família receberá.
Votos em potencial
Além do aumento no valor médio, o número de famílias beneficiadas também deve subir de 15 milhões em 2021 para 20 milhões em 2022.
No lugar certo
Esse ganho de popularidade deve ficar ainda mais evidente na região Nordeste, que concentra mais beneficiários e é mais hostil a Bolsonaro.
Pequeno exemplo
Em Alagoas, por exemplo, a expectativa é de injeção de R$ 90 milhões por mês na economia do Estado por meio das famílias de baixa renda.
O grande debate do momento segue ao redor da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra Covid, mas números deviam fazer a preocupação da sociedade se voltar para a violência. Enquanto na véspera do Natal, a notícia que houve 301 mortes de crianças nessa faixa etária durante a pandemia se espalhou em todos os jornais, dados da Unicef mostram que o Brasil tem 32 crianças e adolescentes assassinados todo dia.
Estatística
A preocupação com as crianças tem sido usada como argumento para novas restrições, mas as mortes equivalem a 0,04% do total de óbitos.
Iraque é aqui
A Unicef comparou a situação do Brasil com o Iraque, que vive conflitos armados. Mesmo assim, a letalidade no país árabe é 50% da brasileira.
Prejuízo seletivo
A vacinação como pré-requisito para a volta às aulas prejudica alunos de escola pública. Os da privada voltaram no ano passado, sem vacina.
No mundo real
A FGV lança nesta terça (11) um novo índice para medir a inflação dos aluguéis baseado em contratos efetivamente assinados em quatro capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte.
Finalmente
O projeto de lei do governo Bolsonaro sobre o comércio e porte de armas de fogo, que está estacionado na CCJ de Davi Alcolumbre há quase três anos, deve voltar à pauta de discussões após o recesso.
Perseguição besta
O governo de Alagoas parece incomodado com o sucesso imparável do réveillon de Milagres, no litoral norte. A PM fez blitz diariamente na porta do evento apenas para atormentar os funcionários do evento, porque a maioria dos 4 mil turistas foi transportada em vans até o local.
Luta reconhecida
Depois que a Justiça australiana revogou a suspensão do visto de Novak Djokovic e determinou fim de sua “detenção”, o tenista recebeu elogios. A deputada Bia Kicis agradeceu por “lutar pela liberdade”.
Fica a dica
Em ano eleitoral, as discussões políticas tendem a ser cada vez mais acaloradas, mas é sempre bom lembrar. A data limite para tirar o título de eleitor e se habilitar a votar nas eleições está próxima: 4 de maio.
Sol como solução
A crise hídrica e as altas na conta de luz levaram brasileiros a buscar fontes renováveis de energia para reduzir custos. A fotovoltaica, a mais procurada, teve R$21,8 bilhões em investimentos, segundo a Absolar.
Bipolaridade
Depois de reconhecer a queda do desmatamento ao menor da história em novembro e o segundo ano seguido de redução de alertas do Inpe, Greenpeace iniciou 2022 acusando Bolsonaro de queimar a Amazônia.
Triste memória
Após o fim do nazismo, Enver Hoxha, chefe do Partido Comunista, declarou-se ditador da Albânia em 11 de janeiro de 1946. Manteve o poder a ferro, fogo e atraso por mais de 40 anos. Sem eleição.
Pensando bem
Remédio genérico não pode, mas o de laboratório que faz publicidade, aí tudo bem.
Fonte: Diário do Poder