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23/04/2024
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Juízes & Marajás: Brasil não tem dinheiro para sustentar essa casta

Por J.R Guzzo / [email protected]

Estado brasileiro fez você gastar mais de 560 milhões de reais em 2019 com os salários dos juízes dos cinco TRFs em funcionamento no país

Os repórteres Thayná Schuquel e Ricardo Taffner, do portal Metrópoles, acabam de colocar à disposição do público uma impecável demonstração prática de como e porque este país não vai para frente.

Eles revelam, numa reportagem recém-publicada, que o Estado brasileiro fez você gastar mais de 560 milhões de reais em 2019 com os salários dos juízes dos cinco Tribunais Regionais Federais hoje em funcionamento no Brasil.

Tudo isso? E só para pagar esse pedacinho da máquina monstruosa em que se transformou a Justiça Federal brasileira, com seus palácios de país milionário e multidões na folha de pagamento? Sim, tudo isso.

Sede em Recife

Por alguma razão, esse TRF-5, que tem sede em Recife e jurisdição sobre a maioria dos estados do Nordeste, paga mais que todos os outros TRFs nos quais, por sinal, já não se ganha pouco. Dos 15 maiores salários pagos hoje nesses tribunais, o TRF-5 tem dez.

Não é que a juíza número 1 seja uma exceção na lista inteira, o décimo maior ganho em 2019 foi superior a 500.000 reais. É o salário de um alto executivo de empresa que dá muito lucro e não de funcionário de um país falido como o Brasil.

Mais: o tal executivo tem de apresentar resultados muito bons para manter o emprego, enquanto os sultões da Justiça Federal não podem sequer ser cobrados pela qualidade do seu trabalho e muito menos serem demitidos.

Se isso tudo não é privilégio, o que seria, então? Depois reclamam quando o povo vai para a rua indignar-se com essa apropriação dos recursos do país por parte do Congresso, do alto Judiciário e de mais uns poucos. A população pode não estar com raiva dos juízes do TRF-5, diretamente, mesmo porque nem sabe da sua existência. Mas tem cada vez mais raiva, sim, do que eles fazem.

Argumentos

O argumento dos juízes-marajás para justificar esse disparate é o mesmo de sempre: Os 600.000 que ganham por ano não são salários, e sim um conjunto que engloba benefícios, “direitos adquiridos”, verbas disso e daquilo.

Não superam, assim, o teto máximo legal, que é a remuneração dos ministros do STF.

Quem pode levar a sério uma desculpa como essa? Claro que sua remuneração é legal. Um juiz não vai inventar coisa ilegal, não é mesmo? Faz melhor que isso: transforma o ilegal em legal e fica tudo bem.

Do bolso do motoboy

Os absurdos salariais do TRF-5 são concentração de renda direto na veia. É simples: o Estado tira imposto do bolso do motoboy a cada vez que ele põe um litrinho de combustível na moto para ganhar sua vida e a de sua família e dá esse dinheiro para a magnata dos 670 mil por ano.

Quem está concentrando renda, aí? O “sistema capitalista”? O Brasil simplesmente não tem dinheiro para sustentar essa casta. Não conseguirá, nunca, progredir, nem diminuir realmente a pobreza.

Não há desse jeito, como crescer mais que 1,5% ao ano.

*Este texto representa as opiniões e ideias do autor.

Fonte: Metrópoles

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