O Ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou na quarta-feira (4) a abertura de dois novos inquéritos no âmbito da operação. Em um, o investigado é o senador Renan Calheiros (MDB/AL). No outro, Calheiros e também o senador Jader Barbalho (MDB/PA).
As duas novas investigações têm relação com suspeitas de fraudes na Transpetro, subsidiária da Petrobras que atua no transporte de combustíveis.
De acordo com a assessoria do senador, ele “sempre defendeu as investigações como forma de esclarecer os fatos”.
“O senador está certo de que a nova investigação concluirá pela inexistência de qualquer improbidade, a exemplo do que já aconteceu com mais de dois terços dos inquéritos abertos contra ele, que foram arquivados pelo STF por falta de prova”, afirmou a assessoria.
A assessoria do senador Jader Barbalho (MDB/PA) não se manifestou..
Um dos novos inquéritos se refere a suspeitas de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por parte de Renan Calheiros com fatos envolvendo o Estaleiro Tietê.
Segundo a decisão, há suspeitas de fraude na construção de embarcações do estaleiro em 2010 e de “pagamentos contínuos de vantagens indevidas” ao senador de Alagoas.
O outro inquérito, que envolve Renan e Jader Barbalho, foi aberto para investigar corrupção passiva e lavagem envolvendo a cúpula do MDB no Senado em contratações de empreiteiras pela Transpetro.
No mesmo caso, a parte das suspeitas que envolvem pessoas sem foro privilegiado, entre elas os ex-senadores Romero Jucá e Edison Lobão e o ex-presidente Michel Temer, foi enviada para a 13ª Vara Federal em Curitiba, a primeira instância da Lava Jato.
Renan já é réu em uma ação penal no caso da Transpetro por suspeita de receber, entre 2008 e 2010, valores não declarados por meio de diretórios do MDB no Tocantins.
Além disso, responde a mais oito inquéritos agora passam a ser dez. Outros nove inquéritos que investigavam o senador foram arquivados pelo STF.
Fonte: G1