Por J.R Guzzo / jr.guzzo@metropoles.com
Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e congressistas podem rezar por adiamento dos atos de domingo devido ao coronavírus, mas não serão esquecidos
Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, somado a um número não determinado de congressistas, podem estar, a esta altura, rezando três Aves Marias e um Padre Nosso por dia, ou até mesmo um rosário completo, para a epidemia de o coronavírus piorar ao máximo nos próximos dias. Quem sabe, assim, as manifestações de protesto do domingo, dia 15, contra as calamidades que a população vê no Congresso acabem suspensas? Talvez os governadores proíbam principalmente o de São Paulo, João Doria, que hoje virou um homem de esquerda e terá no seu pedaço o maior protesto de todos. Ou, então, pode ser que a maior parte das pessoas fique com medo do contágio e decida não ir por conta própria.
A reza de Rodrigo Maia, David Alcolumbre e o resto pode até ser atendida, mas é pouco provável que o boleto do dia 15 fique saldado. Deve ser apresentado de novo mais tarde e dependendo do ódio junto à população que todos eles forem somando, até lá, a carga que carregam, a cobrança pode vir com juros. Ninguém deve esquecer que Rodrigo Maia fez 250 viagens com os jatinhos da FAB em 2019 mesmo porque não pode botar o pé em nenhum veículo de transporte público deste país, para não ser soterrado por vaias e insultos. O presidente da casa dos representantes do povo não pode chegar perto do povo.
Na verdade, ninguém deve esquecer-se de mais um monte de coisas. Se não for em 15 de março, será num outro dia.
*Este texto representa as opiniões e ideias do autor.
Fonte: Metrópoles