Por Francine Marquez
A residência de Renan Calheiros (MDB/AL), em Maceió, foi alvo de mais um ato contra a sua candidatura para presidir o Senado Federal, na noite deste sábado (19). Grupos de movimentos sociais projetaram na fachada do prédio de luxo, uma lista com os escândalos de corrupção dos quais o senador é acusado, e pediram investigações.
Entre os escândalos, não deixaram de citar o da Transpetro, subsidiária da Petrobras, cujo ex-presidente Sérgio Machado, fez acordo de delação e cumpre pena. Renan manteve Machado na presidência da Transpetro durante todos os anos dos governos do PT (Lula e Dilma).
O senador mesmo sendo alvo de dezenas de processos, no Supremo Tribunal Federal tramitam oito processos contra ele, é apontado como favorito para presidir o Senado Federal. Ele ainda não admitiu oficialmente que está concorrendo ao pleito, até porque a definição dos candidatos pelos partidos, só vai ocorrer em 31 de janeiro.
Mas desde o final do ano passado, várias ações de iniciativa popular, como os abaixo-assinados na internet pedem que ele não seja eleito para comandar o Senado. Em dezembro, até Janaína Paschoal aderiu a campanha, que hoje conta com mais de 200 mil assinaturas contra a candidatura de Renan.
Renan já foi presidente do Senado Federal por quatro vezes. Em 2007 chegou a renunciar à presidência, para evitar a cassação de seu mandado, na época ele foi acusado de ter despesas de um relacionamento extraconjugal, com a jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha, pagas por lobistas da construtora Mendes Júnior.
Atos contra Renan
Neste domingo, vão ocorrer manifestação contra a candidatura e eleição de Renan Calheiros a presidência do Senado, em cidade como Brasília, na Esplanada dos Ministérios, e na Avenida Paulista em São Paulo. Os atos são coordenados pelos movimentos: Nas Ruas, Vem Pra Rua, Avança Brasil e Patriotas, e estão sendo organizados pelas redes sociais.
Fonte: Diário do Poder