Pedido de expulsão foi formalizado pelo presidente do partido, Luciano Bivar
O PSL decidiu nesta terça-feira (13) expulsar o deputado federal Alexandre Frota (SP) da legenda, após seu envolvimento em disputas internas com correligionários, criticando o governo nas redes sociais e se rebelando na votação final da Reforma da Previdência na Câmara, de onde foi afastado da vice-liderança da sigla e da comissão da reforma tributária.
A expulsão foi um pedido do próprio presidente nacional do PSL, o deputado Luciano Bivar (PE), que acusou o deputado de infidelidade partidária. E foi aprovada pela manhã, em reunião da Executiva, na sede do partido.
“A defesa dele é que estava agindo de acordo com a Constituição, com o direito de expressar os pensamentos dele. Mas esquece ele que faz parte de uma instituição, um partido político, e que tem no mínimo que respeitar a hierarquia do partido e o sentimento de unicidade que todo partido procura ter”, disse Bivar.
E o deputado avalia convites como o do presidente Nacional do Democratas e prefeito de Salvador, ACM Neto, e ainda a possibilidade de ingressar no PSDB.
Entre os integrantes do PSL que participaram da reunião que decidiu pela expulsão de Frota estavam o senador Major Olímpio, o deputado Felipe Francischini (PR), o deputado Julian Lemos (PB), o líder da sigla na Câmara Delegado Waldir (GO).
O desligamento do deputado paulista é fruto do acirramento de sua relação com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e com colegas de partido, a partir de sua crítica pública à indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL/SP) para ser embaixador do Brasil em Washington, nos Estados Unidos. E teve como toque final seus votos contra o governo em todos os destaques da Reforma da Previdência, após votar pela abstenção na sessão de grande interesse para o governo.
O deputado chegou a coordenar o PSL na comissão especial da Previdência. Mas fez críticas ao governo, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, em abril, quando falou sobre as dificuldades do Executivo com o Congresso Nacional, após cem dias de mandato. Na ocasião, o deputado disse que o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, era o maior responsável pela falha na articulação política.
Integrante da tropa de choque de Bolsonaro (PSL) durante a campanha de 2018, Frota ainda declarou que o escritor Olavo de Carvalho, visto como “guru” do presidente e do PSL, deveria ter tido seu espaço reduzido por Bolsonaro, mas teria mais influência do que os militares.
Fonte: Diário do Poder