Pesquisadores da pasta receberam financiamento de R$ 139 mil
O diagnóstico de tuberculose está em estudo, no Distrito Federal, para aprimoramento. Por meio da disponibilização de R$ 139 mil, oriundos da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP/DF), a Secretaria de Saúde aprofundará o trabalho científico para sequenciar e identificar as mutações no gene do bacilo causador da doença.
Pelas normas, o projeto de pesquisa “Perfis genéticos e de resistência das cepas de Mycobacterium tuberculosis” precisa ser concluído em até dois anos. Pretende-se, com a iniciativa, dentre outras coisas, oferecer um diagnóstico mais ágil e preciso da doença.
“Esse estudo traz agilidade no diagnóstico e previne o aumento da resistência, impedindo que haja propagação de cepas resistentes. É um ganho enorme para a saúde pública e vai ao encontro da política do Ministério da Saúde”, explicou a chefe do Núcleo de Bacteriologia do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) e pesquisadora, Glaura Caldo Lima.
BACILO – Trata-se de uma patologia que afeta principalmente os pulmões. Ela é causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch. Em âmbito nacional, o DF possui uma das menores taxas de incidência, segundo Glaura. No entanto, o número de casos é crescente entre os pacientes com outras infecções, como o HIV, e nas populações mais vulneráveis.
De acordo com o Ministério da Saúde, a cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose.
O principal sintoma é a tosse persistente, superior a um período de três semanas. Também pode ocorrer febre, sudorese, cansaço/fadiga. Aparecendo esses sinais, o paciente deve buscar a unidade básica de saúde mais próxima da residência.
No local, serão coletados exames de escarro. Havendo a positividade, a amostra é encaminhada ao Lacen, que faz uma análise do perfil de resistência – alvo da pesquisa financiada pela FAP.
“Queremos ampliar o acesso ao perfil molecular das cepas resistentes e coletar o máximo de dados para fazer o melhor monitoramento da doença e seu contingenciamento”, conclui a pesquisadora.
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Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde / (61) 2017 1111