Por Cláudio Ulhoa
A empresa vencedora agora precisa ser submetida à aprovação prévia do CADE e da Aneel; venda da estatal deve ainda atrair R$ 5 bilhões em investimentos para o DF
Aconteceu nesta manhã (4) o leilão da Companhia Energética de Brasília (CEB) Distribuição. Lançada pelo valor inicial de R$ 1,423 bilhão, a empresa foi arrematada por R$ 2,515 bilhões pela Bahia Geração de Energia, do Grupo Neoenergia. O grupo é espanhol e atua na área de energia elétrica nos estado da Bahia e de Rio Grande do Norte. O leilão aconteceu na Bolsa de Valores de São Paulo e contou com a presença do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e da primeira-dama, Nayara Noronha.
“O projeto de privatização da CEB Distribuição nasceu exatamente da impossibilidade e da visão que se tinha de que não era mais alcançável recuperar a CEB Distribuição se não fosse com muito investimento”, disse o governador durante o leilão.
A proposta de vender a estatal surgiu, segundo o governador, da necessidade de aumentar os recursos do caixa da empresa que estaria passando por dificuldades há anos. Além disso, a venda deve proporcionar mais investimentos para o setor, o que deve resultar na prestação de serviço mais eficaz e de melhor qualidade ao consumidor.
“Certamente a CEB vai estar muito melhor a cargo da iniciativa privada. Seremos parceiros da Neoenergia, podem ter certeza disso”, afirma Ibaneis Rocha.
A venda da CEB Distribuição foi coordenada pela Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), após assinatura de um acordo de cooperação, em agosto de 2019. O presidente do banco, Gustavo Montezano, que também esteve presente no leilão, falou que, além do valor obtido com a venda, a empresa compradora irá também fazer investimentos no DF. “Esta concessão, além de gerar R$ 2,5 bilhões para o caixa do DF, vai trazer R$ 5 bilhões em investimentos para a cidade”, garantiu.
Outro que também esteve no leilão em São Paulo foi o presidente da CEB, Edison Garcia, que foi um dos responsáveis por estruturar o processo de venda da estatal. “Esse processo de privatização está extremamente fundamentado, testado em várias áreas e poderes, e bem estruturado tecnicamente. Temos confiança que a população do Distrito Federal será a grande beneficiada, como uma prestação de serviços mais eficiente, com o necessário aporte de investimentos e modernização”, afirmou Garcia.
Fonte: Cláudio Ulhoa – Jornalista, membro da Associação dos Blogueiros de Política do Distrito Federal e Entorno /ABBP