Procedimentos aconteceram no HRT com auxílio de dezenas de voluntários
O quarto ano da força-tarefa de reconstrução mamária do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) foi concluído com saldo positivo. Foram realizadas 73 cirurgias, sendo que seis delas passaram por duas cirurgias – mastectomia com retirada total da mama e reconstrução imediata (plástica mamária reconstrutiva), além de simetrizações, colocação de próteses, reconstrução de aréola e mamilos, e outras 13 mulheres tiveram as aréolas tatuadas.
Os procedimentos foram realizados entre os dias 21 e 25 de outubro e tiveram a colaboração de dezenas de voluntários.
Na avaliação da supervisora do Centro Cirúrgico e uma das organizadoras da iniciativa, Mônica Dias, a ação foi positiva. “Atendemos 65 mulheres, que saíram daqui felizes e resgataram sua autoestima depois de todo o sofrimento causado por um câncer de mama. Todos os dias, nós tínhamos cinco salas de cirurgia funcionando e os voluntários fizeram toda a diferença. Sem eles não teríamos realizado esta ação”, comemora Mônica.
Foram atendidas pacientes como Geanelise Stoffel Pereira, 47 anos, que concluiu o tratamento contra o câncer em maio de 2017, quando fez a retirada total da mama. Em 2018, ela fez a primeira parte da reconstrução, durante o Outubro Rosa, com a colocação da prótese.
Este ano, Geanelise voltou ao HRT para fazer os detalhes. “Eu fiz a aureola e uma lipo para o enxerto, a simetrização da mama (com a gordura do próprio corpo). Mas o que doe mais são as pálpebras, que tiveram parte da pele retirada para fazer a aréola. Está inchada e incomodando”, relata a paciente.
Todo esse processo doloroso tem uma recompensa, confessa Geanelise: “É um alívio, porque a gente luta muito contra isso. Mas eu já estou me sentindo maravilhosa. Minha fisioterapeuta, Flávia, fala: você é maravilhosa”, sorri a paciente, enquanto recebe as orientações da fisioterapeuta Flávia Ladeira Ventura Caixeta, uma das voluntárias do pós-operatório da ação.
“A Flávia me atende há sete meses no Ambulatório e me ajudou a recuperar os movimentos do braço, porque fica tudo travado. Agora, meu braço está bom”, lembra Geanelise. Desta vez, além dos exercícios para os braços, ela recebeu orientações para exercitar a face por causa da retirada de pele das pálpebras.
RECONHECIMENTO – O processo de reconstrução mamária de Maria Luci da Silva Ferreira, 67 anos, foi mais rápido. Ela realizou esta etapa logo a retirada da mama, com a colocação da prótese, tudo na mesma cirurgia. A paciente, sorridente e bem humorada, já comemorava a colocação das próteses um dia após a cirurgia. “Retirei dois nódulos de uma mama, mas coloquei silicone nas duas. Quem está com inveja é minha filha”, brinca a paciente.
VOLUNTÁRIOS – Para que fosse possível realizar um número tão grande de cirurgias, as equipes do HRT contaram com a colaboração de um número expressivo de voluntários. Ao todo, foram 38 cirurgiões, 24 anestesistas, dez enfermeiros, 30 técnicos e três tatuadores, que doaram seu tempo somente no Centro Cirúrgico.
Outros 27 profissionais atuaram no Centro de Esterilização de Materiais e nas enfermarias. Esses voluntários são os próprios servidores da unidade, que foram trabalhar fora de seu horário normal de expediente, servidores aposentados, profissionais de outras unidades de saúde do Distrito Federal e de estados vizinhos.
Este foi o quarto ano de realização da força-tarefa. As equipes atendem às pacientes que estão na fila de espera pela cirurgia de reconstrução após o câncer de mama.
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Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde / (61) 2017 1111