Distritais, gestores e sindicalistas debatem o assunto
A Câmara Legislativa do Distrito Federal promoveu, nesta segunda-feira (18), uma audiência pública para tratar da gestão da Saúde na capital federal. Durante o encontro, que durou aproximadamente três horas, assuntos relativos a várias áreas de atuação da pasta foram tratados, entre eles o abastecimento, infraestrutura, financeiro e assistência.
Entre os pontos destacados pelo secretário de Saúde, Osnei Okumoto, está a força-tarefa de cirurgias, que ofereceu mais salas cirúrgicas para procedimentos eletivos, permitindo diminuir as filas de espera. Nesta segunda-feira, o número de procedimentos chegou a 8,7 mil.
Durante a explanação, Okumoto explicou os motivos que levaram o Governo do Distrito Federal a decretar situação de emergência, no dia 7 de janeiro, e mostrou que os dados apresentados durante o período de transição de gestão divergiam da realidade da pasta.
Desta forma, para manter a assistência e melhorar a qualidade dos serviços prestados, o gestor elencou uma série de medidas adotadas nestes 49 dias à frente da secretaria, como a força-tarefa de cirurgias, o pagamento de benefícios que estavam em atraso, como o Trabalho em Período Definido, que já empregou R$ 8,6 milhões para a regularização dos meses de setembro e outubro de 2018.
Além dos avanços alcançados no período, foram apresentados os pontos negativos de áreas importantes, como abastecimento, atenção primária e secundária, logística, recursos humanos e regulação.
TEMA DE DESTAQUE – De autoria da deputada Arlete Sampaio, a audiência pública contou com a participação de diversos segmentos. Ao todo, dez pessoas puderam fazer falas de até três minutos.
Na ocasião, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) foi citado por deputados e sindicalistas, que ainda possuem dúvidas quanto ao modelo, que é 100% público e não se trata de terceirização. Os gestores, de imediato, responderam aos questionamentos.
Presidente do Conselho de Saúde do Distrito Federal, Lourdes Piantino frisou que “a maneira de tirar a Saúde da UTI se dá com a participação de todos no processo decisório”. Além dela, participaram do encontro membros dos conselhos regionais de Saúde e de outros setores da sociedade que, de forma unânime, solicitaram o fortalecimento da atenção primária – compromisso desta gestão.
Osnei deixou claro, ao responder aos questionamentos, que as atenções primária e secundária não serão terceirizadas nem entrarão para o instituto.
Explicou, ainda, que montou uma força-tarefa para que sejam utilizados os R$ 491 milhões que estão no cofre, repassados pelo Ministério da Saúde.
“Consultamos as áreas para saber como usar esses recursos de forma correta e eficiente”, frisou.
Fonte: Ascom da Secretaria de Saúde