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23/11/2024
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Ibaneis versus Rollemberg: Hora da virada de página

Por Fred Lima

O que está em jogo na eleição de segundo turno ao governo do DF não é a corrupção contra a ética, haja vista que nem Ibaneis Rocha (MDB) ou Rodrigo Rollemberg (PSB) foram condenados por desvio de conduta, mesmo que o atual governador queira colar a pecha de amigo de bandido no candidato emedebista. A discussão é muito mais ampla e vai além do discurso anti-corrupção.

Rollemberg já teve a sua chance. É bem verdade que o chefe do Buriti herdou um governo com uma dívida estratosférica, difícil de ser gerido no início. Contudo, a crise não durou quatro anos. Se tivesse habilidade política e conhecimento administrativo, o governador teria arrumado a casa até dezembro de 2016. Não adianta agora utilizar o slogan “Casa arrumada. Hora da virada” em pleno ano eleitoral. O saneamento das contas públicas não durou esse tempo todo e não pode ser o mote de governo.

Do outro lado, Ibaneis se apresenta como o candidato da mudança. O ex-presidente da OAB/DF nunca ocupou cargos políticos, mas isso significa muita coisa? Agnelo Queiroz (PT), por exemplo, chegou a ser deputado distrital, federal e ministro de estado. Mesmo assim, deixou o governo com um alto índice de rejeição e não foi nem ao segundo turno. Um nome novo não traz consigo os vícios da velha política, algo nocivo para qualquer governo.

Brasília tem dois caminhos: manter Rodrigo por mais quatro anos ou dar um voto de confiança em Ibaneis Rocha. Se o problema fosse a falta de gestão, não de dinheiro, como apregoava o candidato do PSB no pleito passado, então seu governo deveria ter superado a crise econômica com mais rapidez e se dedicado em resolver os problemas crônicos da capital. Um mandato de longos quatro anos não pode ser justificado apenas por frases do tipo: “Não roubei”, “Não deixei o DF quebrar” etc. São obrigações de qualquer governante.

O problema da administração Rollemberg foi ter feito o óbvio e se perdido no festejo, pensando que construiu a Torre Eiffel. Não há o que comemorar. Para se ter uma ideia da bagunça governamental, só na saúde, quatro secretários foram anunciados, um recorde histórico.

Ibaneis pode trazer certa interrogação por representar o novo na política. Entretanto, o velho que está aí já disse a que veio e sabemos que não foi bom.

Hora da virada de página.

Fonte: Blog do Fred Lima

Redação
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