A política no Brasil passa por um momento delicado. Com a chegada das redes sociais, o brasileiro passou a sentir o gosto da democracia nos movimentos populares como o “Vem Pra Rua”, que levou milhares de pessoas a protestarem contra a corrupção. Hoje, ser eleito, sofrer Impeachment ou ser cassado depende muito das ações do político divulgadas nas ferramentas virtuais.
Passamos pelos escândalos da Lava Jato e apostamos, no Juiz Sérgio Moro, nossas esperanças em ter um país livre dos corruptos e dos mercenários partidos políticos, que continuam chocando criminosos para ocuparem o poder. Faltou a punição dos partidos na Lava Jato, infelizmente. Chegando no STF, percebemos que a moral dos magistrados também não é o que o povo brasileiro esperava, ministros da Suprema Corte nos surpreenderam. Apesar de tantas falácias, o povo esperava o dia 07 de outubro para mudar seus representantes no Legislativo e no Executivo. Faço essa retrospectiva para chegar no pensamento político acelerado.
A luta pelo novo momento político por meio do voto nos frustrou. Tivemos uma grande mudança para a representatividade feminina (não das feministas) no Congresso Nacional. O DF é exemplo disso, temos uma mulher senadora e cinco deputadas federais, entretanto ficamos chocados com a representatividade do Youtuber Luis Miranda, que ganhou a eleição usando a rede social. Espanto não entendido por alguns, mas compreendido por nós que trabalhamos na internet como profissionais da comunicação diariamente. Candidatos que apostaram na representatividade religiosa em pagamento de cabos eleitorais, não tiveram a votação esperada e, em alguns casos, estão fazendo terapia para compreender sua derrota.
Para governar o DF, nos frustramos novamente. A abstenção de 18% nas urnas pesou para os ”buritizáveis” que concorreram no 1° turno. Nos resta agora o voto em branco, nulo ou no candidato do MDB, Ibaneis. Já que ninguém em normal consciência dará ao Rollemberg mais 4 anos de má gestão.
Para Presidente, estamos entre o mito do “Vem Pra Rua Bolsonaro”, que trabalha sua imagem há anos e fez fiéis defendendo a mudança, e o candidato do partido que saqueou o Brasil, com o presidiário Lula como conselheiro.
Nas Redes Sociais, assistimos a uma guerra entre conservadores e defensores dos LGBTI e das mudanças de gênero. A síndrome do pensamento acelerado e suas “fake news” de ambas as partes confunde o voto daqueles que querem o bem da nação.
Vivemos um momento onde as redes sociais gritam por regras. O crime cometido pelo bandido que esfaqueou o presidenciável Bolsonaro veio do facebook, onde o bandido fazia suas postagens contra o candidato. Não conformado, tramou e feriu Bolsonaro em Minas Gerais. Que tipo de povo estamos virando? Até que ponto a guerrilha virtual sai das telas para a realidade?
Aos grupos LGBTI ou às feministas e comunistas, quero lembrá-los, com respeito, que vivemos em um país com Leis. Ninguém é louco ao ponto de se eleger e infringir as normatividades já existentes, principalmente as originadas dos 10 mandamentos: não matar serve para qualquer um. A democracia serve para proteção de direitos, isso inclui o direito de escolha de gênero após sua emancipação. Não se preocupem com a suposição de se ter as forças armadas no poder. Isso não aconteceu quando esperamos que acontecesse, não será agora. Bolsonaro é um militar político, portanto se gostasse do estilo de vida dos militares, não seria político. Ser militar não e ser ditador.
As pessoas de bem esperam o dia 28 de outubro para dar fim à guerrilha virtual. Além da paranoia, existe a preocupação dessa guerra sair do computador para as ruas. Não precisamos nos matar pela política! Mas precisamos não deixar os políticos matarem o povo brasileiro com a falta de serviços públicos de qualidade. A política também faz referência a povo + ética.
Pense nisso.
Fonte: Blog da Cris Oliveira