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24/11/2024
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Saúde divulga dados do boletim epidemiológico da dengue

Combate ao mosquito foi intensificado em todo o DF

A Secretaria de Saúde divulgou, nesta segunda-feira (27), o Boletim Epidemiológico da Dengue​ com dados até 18 de maio. As informações são referentes à Semana Epidemiológica n° 20 e mostram que foram notificadas 21.360 ocorrências, das quais 20.752 (97,2%) são de pessoas residentes no Distrito Federal. Desse total, 18.649 são de casos prováveis de dengue.

A Região de Saúde Leste continua registrando o maior número de casos prováveis, como 4.138 notificações, seguida pelas regiões Norte (3.531), Sudoeste (2.937) e Oeste (2.817).

Segundo o diretor de Vigilância Epidemiológica, Delmason Carvalho, diferentemente dos anos anteriores, em 2019 há uma confluência de situações que contribuem para o aumento de casos. Entre elas, as fortes chuvas das últimas semanas, que já apresentam redução, mas que fazem as larvas do mosquito Aedes aegypti eclodirem, com predominância para o vírus da dengue do tipo 2, bem mais agressivo do que o do tipo 1.

NOVO VÍRUS – “Não é recomendável comparar este ano com os anteriores porque, antes, era a dengue do tipo 1. Estamos, agora, em uma situação peculiar, ainda aprendendo sobre esse novo vírus, com uma população mais suscetível ao tipo 2, além das chuvas nas semanas anteriores. Todos esses fatores contribuíram para o aumento de casos”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica.

Com mais casos, estatisticamente também aumenta o número de mortes. Conforme o boletim foi confirmado 21 óbitos por dengue em moradores do Distrito Federal. Além disso, houve outros 31 casos graves em que as pessoas sobreviveram e 309 casos de dengue com sinais de alarme. No mesmo período de 2018, foram confirmados dois casos graves e um óbito por dengue.

“Por si só, a dengue do tipo 2 tem uma probabilidade maior de causar ocorrências mais graves e, com isso, óbitos. Quando começa a circular um vírus diferente, mais pessoas têm maior probabilidade de ser contaminadas. Em outros anos, esse era um vírus que não tinha predominância. Por isso, em 2018, houve poucos casos”, ressalta Carvalho.

NATUREZA – Outro ponto que contribuiu para a maior quantidade de casos, este ano, é a própria natureza do Aedes, cuja incidência de ocorrências aumenta de três em três anos. Os últimos registros expressivos aconteceram em 2013 e 2016. “Naturalmente, de três em três anos há um aumento de casos ou, como chamamos, há um acúmulo de suscetíveis”, aponta o diretor.

Por exemplo, se uma criança não é picada pelo mosquito, daqui a três anos ela estará maior, frequentando mais locais e, com isso, ficando mais suscetível e exposta ao mosquito. “Com mais pessoas suscetíveis, aumenta a probabilidade de se ter novos casos, além dos demais fatores que favorecem a transmissão”, avalia Carvalho.

INCIDÊNCIA – Pelo boletim, é possível destacar que locais como Varjão e São Sebastião, que apresentaram várias ocorrências nos últimos meses, reduziram a incidência de casos por grupo de 100 mil habitantes.

O Varjão, por exemplo, reduziu de 1.167,82 em abril, para 257,47 em maio. Em São Sebastião, a queda tem se mantido desde fevereiro, quando estava com 599,97 e, em maio, chegou a 79,26.

“No Varjão, a variação costuma ser grande porque a população é pequena e toda mudança representa uma diferença substancial. Agora, em São Sebastião houve um trabalho intenso da Secretaria de Saúde para registrar essa queda, com idas diárias dos agentes nas residências, trabalho de equipes, etc”, pontuou o diretor de Vigilância Epidemiológica.

SECA – A chegada do período de seca deve favorecer a queda no número de casos de dengue no Distrito Federal. A comparação do quadro de casos do mês de abril para maio, de acordo com o boletim, apresenta diminuição na força de propagação da doença.

Desde janeiro, ações intersetoriais têm sido implementadas no trabalho de combate à dengue, ao mosquito e na conscientização da população. As iniciativas são realizadas em parceria com técnicos da secretaria, homens do Corpo de Bombeiros, do SLU, militares do Exército, administrações regionais, Novacap, Adasa, secretarias de Educação, das Cidades e da Agricultura, e Casa Civil.

ATENDIMENTO – Em caso de suspeita de dengue, o primeiro local a ser procurado é a Unidade Básica de Saúde (UBS), ou seja, os centros e postos de saúde, como são popularmente conhecidos.

Tendo febre, dores de cabeça, atrás dos olhos e nas juntas e, em alguns casos, manchas avermelhadas pelo corpo, o médico ou enfermeiro já notifica o caso à Vigilância Epidemiológica. O exame é clínico, não sendo primordial a realização do teste rápido ou da sorologia. Somente com mais sintomas é que se solicitam testes rápidos e sorologia.

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Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde / (61) 2017 1111

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