Ampliar a estrutura da Farmácia Viva, localizada no Riacho Fundo I, é uma necessidade, na avaliação do secretário de Saúde, Osnei Okumoto, que visitou o espaço nesta quarta-feira (6). Pioneira no Brasil em fornecimento de medicamentos fitoterápicos para a rede pública de saúde, o local carece de melhorias para aumentar sua produção, feita à base de plantas medicinais.
“Esta é uma experiência exitosa”, elogiou Okumoto, “mas já está no limite da sua produção, em decorrência do tamanho da área do laboratório que está disponível. Como secretário e farmacêutico, quero participar desse projeto de ampliação e oferecer condições melhores”, ressaltou.
Na visita, o secretário passou pela linha de produção dos fitoterápicos e conheceu as principais plantas medicinais cultivas no local, como guaco, babosa, boldo e erva baleeira. O mais procurado pela população é o xarope de guaco, um expectorante, usado como auxiliar no tratamento de gripe, resfriado e infecções respiratórias que apresentam muco.
NOVIDADE – Okumoto lembrou que um novo fitoterápico, feito à base da planta colônia, nativa da Ásia e utilizada como calmante, está prestes a ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A variedade já é cultivana na Farmácia Viva e está registrada. Com a ampliação do espaço e o aval da Anvisa, será possível ofertar o remédio à rede pública de saúde do DF. “Por isso, é necessário ampliar e ‘dar mais corpo’ à estrutura do local”, pontuou.
O chefe do Núcleo da Farmácia Viva, Nilton Netto, lembrou que, além de aumentar a produção, com uma estrutura ampliada será possível melhorar o controle de qualidade dos medicamentos produzidos em laboratório. “E com isso, aumentar o acesso e garantir que possamos suprir mais Unidades Básicas de Saúde (UBS) com o atendimento fitoterápico”, destacou.
Atualmente, a Farmácia Viva atende 21 UBSs e fornece os medicamentos para 143 equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF). Somente em 2018, foram fabricados 27.429 produtos, o que representa um aumento de 24% em relação a 2017, quando se produziu 22.082 unidades. “Mas consideramos que esses 27 mil já é o nosso limite, por conta da estrutura predial, equipamentos, etc. A proposta é chegarmos a um limite um pouco maior”, comentou Netto.
PRODUÇÃO – As plantas usadas na confecção das fórmulas são cultivadas de forma orgânica na área da própria Farmácia Viva e também nos terrenos do Complexo Penitenciário da Papuda e do Centro Nacional de Recursos Genéticos, parceiros do projeto.
Após a colheita, as ervas são selecionadas, secadas em estufa e trituradas até se transformar em pó. Com esse material, é feita a extração da tintura ou extrato com álcool. A exceção é para a babosa, que é utilizada na versão fresca para a produção do gel cicatrizante.
DISTRIBUIÇÃO – Os fitoterápicos são entregues mediante apresentação da receita médica. Os remédios podem ser obtidos em 12 regiões administrativas: Brazlândia, Gama, Taguatinga, Sobradinho, Núcleo Bandeirante, Guará, Samambaia, São Sebastião, Recanto das Emas, Riacho Fundo I e II, além da Candangolândia.
Fonte: Ascom da Secretaria de Saúde