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24/11/2024
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Confusão e pancadaria na Câmara Legislativa encerra fórum sobre LUOS

Por Suzano Almeida

Grupos contrário e a favor do tem entraram em conflito nesta segunda-feira. Secretário de Habitação e presidente da comissão foram ofendidos

Uma pancadaria encerrou o fórum de debates sobre a emenda substitutiva ao projeto de Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos), na Câmara Legislativa, na tarde desta segunda-feira (26/11). A briga generalizada ocorreu entre parte do público que participava da audiência no auditório da Casa e só acabou após a intervenção da Polícia Legislativa.

A confusão começou após um professor da Universidade de Brasília (UnB), Frederico Flósculo, ser retirado do local pelos policiais. Ele gritava ofensas contra o secretário de Gestão do Território e Habitação (Segeth), Thiago de Andrade, e a presidente da Comissão de Assuntos Fundiários (CAF), Telma Rufino (PROS). Após a saída dele, o tumulto cresceu. A votação da Luos foi adiada para o dia 11 de dezembro.

Mais sobre o assunto:

De acordo com testemunhas, o professor de arquitetura e urbanismo da UnB Frederico Flósculo questionou Thiago de Andrade sobre mudanças na Luos. Enquanto o secretário respondia, o docente passou a ofender o chefe da Segeth.

O professor acabou sendo repreendido pela deputada Telma Rufino, que passou a ser vítima de outras ofensas e gestos como o de “algemas”. A presidente da CAF acabou pedindo que ele se retirasse, mas o professor se negou e disse que só sairia com a polícia. Com a chegada dos agentes, ele se retirou e em seguida, membros de grupos contrários passaram a se agredir verbalmente até às vias de fato.

“Lamento o tumulto, pois o processo democrático foi atropelado. O objetivo do fórum era escutar tanto o Executivo quanto a comunidade. Levantar as reivindicações, sanar as dúvidas relevantes. O que quero é que seja atendida a vontade da população e se houver grandes dúvidas o projeto não será votado este ano”, afirmou Telma Rufino. A distrital marcará novas datas para reuniões, mas devido a confusão a votação em plenário foi prorrogada e ficará para a última semana desta legislatura.

Ao Metrópoles, Flósculo admitiu ter dito ao secretário que ele “não era digno de confiança”. Ao ser repreendido pela deputada Telma, ele teria replicado o comentário a ela.

O professor Frederico Flósculo admite ter se dirigido ao secretário afirmando que ele “não era digno de confiança” e, por isso, a deputada Telma o teria repreendido e ele replicado o mesmo comentário, agora direcionado a ela.

“O que ela deveria ter feito era uma audiência pública, não um fórum. Eles estão dividindo a cidade toda, inflando ainda mais o número de lotes sem nenhum estudo. Queremos uma auditória no projeto. Nós falamos sobre alguns problemas e o secretário disse que eles estavam sanados e eu disse que ele não era digno de confiança, como a deputada também não é”, afirmou Flósculo.

Falta segurança

A professora Mônica Verissimo foi uma das vítimas da briga. Durante a confusão, ela foi agredida e acabou ficando desacordada. Mônica criticou a segurança da Casa pela baixa quantidade de homens no local, mesmo diante do clima tenso.

“Pela manhã eu já tinha avisado ao presidente da Câmara Legislativa Joe Valle sobre o clima do fórum, que estava extremamente tenso. Quando estávamos saindo um grupo ficou provocando e um professor foi agredido. Foi quando a confusão começou. Eu fui muito pisoteada, tanto que meu corpo está muito dolorido. Não há nenhum controle de segurança na Casa. Se alguém quisesse entrar com uma faca ou com uma arma entraria facilmente”, criticou Mônica Veríssimo.

Histórico

A disputa por conta da Luos não é nova. O grupo do professor Flósculo é mesmo que entrou na Justiça para suspender a tramitação do projeto na Casa. Recentemente, até o governador eleito foi envolvido na disputa.

Fonte: Metrópoles

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